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Reino Unido retira guarda de embaixada em que fundador do WikiLeaks recebe asilo

A polícia justificou a decisão afirmando que não seria adequado manter a operação sendo que não há solução para o impasse à vista

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1 de 1 TIM IRELAND/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - Foto: TIM IRELAND/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A polícia britânica retirou nesta segunda-feira a guarda que mantinha do lado de fora da Embaixada do Equador em que vive o fundador do WikiLeaks, Julian Assange. A polícia justificou a decisão afirmando que não seria adequado manter a operação sendo que não há solução para o impasse à vista. Ainda assim, a corporação afirma que fará o possível para prender Assange, que está refugiado na embaixada desde junho de 2012, quando a Justiça do Reino Unido acatou a proposta de extradição para a Suécia, onde ele é investigado por supostos crimes sexuais.

O Equador concedeu asilo político a Assange, mas o fundador do WikiLeaks será preso se deixar o prédio da embaixada. Nesta segunda-feira, nenhum policial montava guarda na frente do edifício, apenas jornalistas e um entregador de pizza com encomenda endereçada a Assange.

O diretor do serviço diplomático britânico, Simon McDonald, convocou o embaixador do Equador nesta segunda-feira para expressar sua “profunda frustração” à falta de progresso na resolução do impasse. A operação policial para prender Assange é encarada como controversa em parte devido aos seus custos. A polícia afirma que a iniciativa custou 11,1 milhões de libras (US$ 17,6 milhões) até abril de 2015.

Em agosto, a promotoria da Suécia descartou os casos de suposta má conduta sexual, mas ainda demanda interrogá-lo sobre acusações de estupro em sua visita ao país em 2010. Assange nega as acusações e afirma que a extradição à Suécia é o primeiro passo de esforços para levá-lo a julgamento nos Estados Unidos devido à divulgação de segredos de Estado no caso do WikiLeaks. O porta-voz do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson disse que a remoção dos policiais não mudou a situação de Assange e que o Reino Unido “poderia ter resolvido a situação há muito tempo ao dar garantias absolutas de que Julian não seria extraditado aos Estados Unidos”.

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