Reino Unido quer remover câmeras chinesas de prédios “sensíveis”
Países como Estados Unidos e Austrália também têm medidas semelhantes. No Reino Unido, movimento é puxado por parlamentares conservadores
atualizado
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O Reino Unido criará a Unidade de Aquisições de Segurança Nacional no gabinete de governo, com o objetivo de retirar câmeras de segurança de fabricação chinesa de prédios governamentais considerados sensíveis.
A unidade de aquisições publicará um cronograma para a retirada dos equipamentos. A justificativa apresentada para a iniciativa se baseia na Lei de Segurança Nacional da China.
O temor é de que fabricantes de câmeras de segurança sujeitas à legislação de Pequim precisem entregar o material gravado caso este seja demandado pelas autoridades chinesas.
O movimento de restrição aos produtos chineses é puxado, sobretudo, no Reino Unido, por parlamentares conservadores radicais. Alguns deputados defendem que todos os órgãos governamentais sejam considerados “sensíveis” para proibir, dessa forma, a presença de câmeras chinesas em toda a máquina pública britânica.
Em resposta à ofensiva, a embaixada chinesa no Reino Unido informou, em nota, que o governo de Xi Jinping “sempre incentivou as empresas chinesas a conduzirem investimentos e cooperação internacionais de acordo com os princípios do mercado, regras internacionais e leis locais”. Pediu, ainda, que as autoridades do país parem o que chamam de “discriminação política” e forneçam um ambiente “justo e não discriminatório”.
Em fevereiro, a Austrália também anunciou a eliminação de câmeras de segurança chinesas em todos os prédios governamentais. A medida foi anunciada, à época, pelo ministro da Defesa do país, Richard Marles. Os equipamentos removidos eram das marcas Hikvision e Dahua, também proibidas nos Estados Unidos.