Reino Unido pagará 350 libras para quem acolher refugiados da Ucrânia
O programa “Homes for Ukraine” desembolsará 350 libras por mês para quem oferecer aos refugiados ucranianos um quarto por, ao menos, 6 meses
atualizado
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O Reino Unido abrirá seus cofres para moradores que acomodarem ucranianos dentro de suas casas. A criação do programa “Homes for Ukraine” serve como tentativa de reformulação da resposta do governo britânico à aceitação de refugiados.
A inicitiva permitirá que pessoas fiquem na Grã-Bretanha mesmo que não tenham familiares no país. Inicialmente, serão pagos 350 libras por mês para quem oferecer aos refugiados um quarto ou uma casa por um período de, no mínimo, seis meses.
A criação do programa é uma resposta do primeiro-ministro Boris Johnson para tenta retratar a Grã-Bretanha como uma das lideranças globais no desenrolar da invasão russa à Ucrânia.
Nas últimas semanas, parlamentares dos principais partidos atacaram a rigidez do governo em determinar que os ucranianos buscassem vistos e testes biométricos antes de entrar na Grã-Bretanha. O que chamaram de prioridade à burocracia em desfavor do bem-estar dos que fogem da guerra.
De acordo com o governo britânico, a página do programa deve entrar em funcionamento até o fim da próxima semana.
“O Reino Unido apoia a Ucrânia em sua hora mais sombria e o público britânico entende a necessidade de colocar o maior número de pessoas em segurança o mais rápido possível”, disse Michael Gove, ministro da Habitação, em comunicado.
“Peço às pessoas de todo o país que se juntem ao esforço nacional e ofereçam apoio aos nossos amigos ucranianos. Juntos, podemos dar um lar seguro para aqueles que precisam desesperadamente”, completa.
Para participar do programa, qualquer pessoa que ofereça um quarto ou casa terá que mostrar que a acomodação atende aos padrões requisitados e deverá passar por verificações de antecedentes criminais.
Nessa sexta-feira (12/3), O número de refugiados ucranianos que deixaram o país para fugir da guerra chegou a 2,5 milhões. Os dados foram divulgados pela Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).