Reino Unido congela bens de Abramovich e outros seis oligarcas russos
Além dos bens congelados, os magnatas tiveram viagens ao país impedidas devido a relação com o presidente da Rússia, Vladimir Putin
atualizado
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Roman Abramovich, dono do time inglês de futebol, Chelsea, foi penalizado com o congelamento de bens e proibição de viagem pelo Reino Unido. O governo do país anunciou nesta quinta-feira (10/3) que outros seis magnatas russos obtiveram as mesmas sanções.
A inclusão de Abramovich na lista de sancionados foi especulada por semanas, devido à proximidade dele com o Kremlin, assim como os que o acompanham.
Ele anunciou na semana passada que venderia o Chelsea, depois de comprar e financiar o sucesso do grupo participante da Premier League em 2003, em nível local e continental.
O governo do Reino Unido estimou o patrimônio líquido do empresário em £ 9.4 bilhões (equivalente a R$ 52,19 bilhões), mas afirmou que amenizaria os efeitos no Chelsea ao permitir que o clube permaneça operante. Uma licença especial “autoriza um número estabelecido de atividades futebolísticas”, disse em um comunicado.
“Isso inclui permissões para que o clube continue participando de partidas e outras atividades futebolísticas, o que protegerá a Premier League, a pirâmide geral do futebol, fãs leais e outros clubes”, adicionou.
Outros sacionados
Entre os outros sancionados, estão o diretor-executivo da companhia Basic Element, Oleg Deripaska, o CEO da empresa petrolífera Rosneft, Igor Sechin e o líder da empresa de energia Gazprom, Alexey Miller.
Deripaska, que tem ações na En+ Group, uma empresa anglo-russa de energia verde e metais, é parceiro de negócios de Abramovich.
Sechin, por sua vez, é descrito por funcionários do governo como o “braço-direito” de Putin. Os outros quatro (Miller, o presidente banco estatal russo VTB, Andrey Kostin, chefe da Transneft, Nikolai Tokarev e o chefe do banco Rossiya, Dmitri Lebedev) são parte do seu círculo interno, de acordo com o governo britânico.
Seus patrimônios somados possuem o valor aproximado de £ 15 bilhões (R$ 83,35 bilhões), conforme o comunicado.
O primeiro-ministro Boris Johnson disse que as sanções representam “o passo mais recente do apoio inabalável do Reino Unido ao povo ucraniano”, ao que a secretária de Relações Exteriores, Liz Truss, adicionou: “As sanções de hoje mostram mais uma vez que oligarcas e cleptocratas não possuem lugar na nossa economia ou sociedade”.