Reino Unido aprova pedido de recurso dos EUA para a extraditar Assange
Caso extradição aconteça, Julian Assange, fundador da Wikileaks, pode receber pena de 175 anos nos Estados Unidos
atualizado
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A Justiça do Reino Unido aprovou, nesta sexta-feira (10/12), um pedido de recurso dos Estados Unidos para a extradição de Julian Assange. Preso em Londres desde 2019, Assange é alvo de 18 acusações criminais nos EUA, por espionagem e vazamento de documentos sigilosos.
Julian Assange é australiano e fundador da página WikiLeaks. Ele é acusado de divulgar, entre os anos de 2010 e 2011, cerca de 250 mil mensagens diplomáticas e mais de 500 mil documentos confidenciais dos EUA sobre a atuação do país no Iraque e no Afeganistão.
Apesar da aprovação do pedido, a extradição ainda depende de outros fatores para acontecer. Os EUA pedem que Assange seja entregue ao país devido ao vazamento em massa de documentos confidenciais do governo. Para isso, vêm tentando apresentar garantias ao Reino Unido sobre o tratamento que Assange receberia caso fosse levado ao país.
Segundo o advogado do governo americano, o australiano não receberá tratamento especial nem ficará detido no centro penitenciário de altíssima segurança ADX Florence, no Colorado. Além disso, os EUA afirmam que Assange receberá cuidados médicos e poderá solicitar cumprir sua pena na Austrália.
Em janeiro, outro pedido de extradição para os Estados Unidos foi negado pela Justiça britânica, alegando que ele poderia cometer suicídio. Caso seja transferido, Assange pode enfrentar uma pena de 175 anos de prisão.