Reino Unido aprova extradição de Julian Assange para os Estados Unidos
A extradição foi autorizada pelo ministro do interior britânico, Priti Patel. Assange tem 14 dias para contestar decisão
atualizado
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O Ministério do Interior britânico aprovou, nesta sexta-feira (17/6), a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos. No país, o australiano é acusado de espionagem após a divulgação de dados confidenciais militares dos EUA por meio da página WikiLeaks.
Assange divulgou, segundo o governo norte-americano, entre os anos de 2010 e 2011, cerca de 250 mil mensagens diplomáticas e mais de 500 mil documentos confidenciais.
A extradição foi autorizada pelo ministro do interior britânico, Priti Patel. Em comunicado, o Ministério do Interior informou que Assange tem direito de recorrer à decisão nos próximos 14 dias.
Ele também pode recorrer em última instância e levar o caso à Suprema Corte britânica. Caso os pedidos sejam negados, a extradição deve ocorrer nos próximos 28 dias.
O ministério também pontuou que os tribunais britânicos não consideram a extradição como “opressiva, injusta ou um abuso de poder”.
“Também não consideraram incompatível com os direitos humanos, incluindo o direito a um julgamento justo e à liberdade de expressão”, divulgou o órgão.
Assange está detido na prisão de Belmarsh há três anos, desde que foi levado para fora da embaixada equatoriana, em Londres, onde se refugiava. Desde que foi para o Reino Unido, ele tem tentado evitar a extradição. Em janeiro de 2021, um juiz distrital proibiu a transferência forçada, justificando que ele corria risco real de suicídio.
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