Reino Unido aplica primeira dose da vacina de Oxford contra a Covid-19
Brian Pinker, de 82 anos, recebeu o imunizante desenvolvido pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford. País já aplica a vacina da Pfizer
atualizado
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O Reino Unido é o primeiro país a aplicar a vacina desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca e pela Universidade de Oxford contra a Covid-19. Nesta segunda-feira (4/1), começou a imunização de pessoas de grupo de risco.
Aos 82 anos, Brian Pinker (foto em destaque) foi o primeiro a receber a vacina no Hospital Churchill da Universidade de Oxford. De acordo com o serviço de saúde pública britânico (NHS), já existem 520 mil doses prontas para serem distribuídas.
“Estou muito satisfeito por receber a vacina hoje e orgulhoso por ela ter sido inventada em Oxford”, disse Pinker, enquanto era vacinado.
Em 30 de dezembro, o Reino Unido, que por seis dias seguidos registrou mais de 50 mil casos de Covid-19 a cada 24 horas, aprovou o uso emergencial da vacina. O país já utiliza a Pfizer/BioNTech. É o primeiro no mundo a aprovar os dois imunizantes.
Outros países vão utilizar a vacina de Oxford, como Argentina e Brasil. Alguns estão na dianteira. No primeiro dia de 2021, por exemplo, a Organização Central de Controle de Drogas (CDSCO), órgão de regulamentação de medicamentos da Índia, aprovou o uso emergencial da vacina contra Covid-19 feita pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford.
A Índia é o segundo país em número de infecções no mundo, com mais de 10 milhões de casos, e está atrás apenas dos Estados Unidos, que registrou 350 mil mortes causadas pelo vírus.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesse sábado (2/1), que aprovou um pedido de importação excepcional de vacinas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A medida é considerada excepcional porque a vacina de Oxford ainda não foi submetida à autorização de uso emergencial ou tem registro sanitário.
A importação engloba 2 milhões de doses do imunizante. A Fiocruz é a responsável por produzir a vacina desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.
A semana que se inicia promete ser decisiva para a definição do calendário de imunização contra a Covid-19 no Brasil. A expectativa é de que a Fiocruz peça à Anvisa, nos próximos dias, a autorização para uso emergencial da vacina de Oxford.