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- Foto: Marienko Andrii/UNIAN
O governo britânico anunciou que enviará mais ajuda militar letal à Ucrânia para aumentar a defesa contra a invasão russa. A informação foi confirmada ministro da Defesa, Ben Wallace.
Nesta quinta-feira (31/3), em pronunciamento, Wallace afirmou que serão doados novos sistemas aéreos, de defesa, baterias de artilharia de longo alcance e contra-ataque e veículos blindados, além de treinamentos.
“Haverá mais auxílio letal chegando à Ucrânia como resultado de hoje. Alguns países apresentaram novas ideias ou ainda mais promessas de dinheiro”, garantiu.
Chernobyl
A Energoatom, empresa nuclear estatal da Ucrânia, informou, nesta quinta, que tropas russas que ocupam a antiga usina nuclear de Chernobyl, perto da cidade de Pripiat, no norte do país, próximo da fronteira com a Bielorrússia, estão deixando o local. De acordo com os ucranianos, duas colunas de forças russas partiram em direção à fronteira bielorrussa, deixando apenas algumas na usina. As informações são da BBC News.
“Esta manhã, os invasores anunciaram suas intenções de deixar a usina nuclear de Chernobyl”, disse a Energoatom em comunicado. As tropas russas tomaram Chernobyl no início da invasão da Ucrânia e a saída do local vai de encontro a relatos de altos funcionários de defesa dos EUA, nessa quarta-feira (30/3), sobre uma retirada.
A agência de notícias Reuters citou trabalhadores da fábrica dizendo que alguns dos soldados não tinham ideia de que estavam em uma zona de radiação.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
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