Rebelião com 116 mortos: Equador decreta estado de exceção nas prisões
Motim deixou 116 mortos e 80 feridos no Centro de Privação de Liberdade Gayas Nº 1, em Guayaquil, sudoeste do Equador
atualizado
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O presidente do Equador, Guillermo Lasso, anunciou, no fim de quarta-feira (29/9), que todo o sistema carcerário do país ficará em estado de exceção pelos próximos 60 dias.
A medida foi tomada devido à rebelião que deixou 116 mortos no Centro de Privação de Liberdade Gayas Nº 1, em Guayaquil, sudoeste do Equador.
O estado de exceção dá poder ao Executivo de suspender direitos constitucionais e utilizar forças de segurança para enfrentar o momento de crise.
Veja o post:
Acabo de decretar el Estado de Excepción en todo el sistema carcelario a nivel nacional.
En Guayaquil presidiré el comité de seguridad para coordinar las acciones necesarias que controlen la emergencia, garantizando los DDHH de todos los involucrados. pic.twitter.com/2gdZ0pLlZW
— Guillermo Lasso (@LassoGuillermo) September 29, 2021
Em comunicado oficial divulgado pela presidência do país, o governo informou que, além dos 116 mortos, outros 80 presos ficaram feridos durante a rebelião.
Segundo a nota oficial, o objetivo do estado de exceção é “proteger os direitos humanos” dos presos e “prevenir novos atos de violência nas prisões”.
O governo também implementou um plano para intervir na prisão de Gayas e para acompanhar os familiares dos presos. De acordo com Lasso, durante a execução das medidas, serão observados as normas internacionais de direitos humanos.
Segundo o presidente, os atos dentro do presídio serão investigados. “É lamentável que se pretenda converter as prisões em um território de disputas de poder por quadrilhas criminosas. O estado vai agir”, disse.
De acordo com a página oficial do governo, o Serviço Nacional de Atenção Integral a Adultos Privados de Liberdade e Adolescentes Infratores (SNI) terá “todos os recursos financeiros para agir com celeridade no âmbito do estado de exceção e sobretudo para acelerar a implementação desse plano”.
“Esse programa inclui investimentos em obras civis, tecnologia de scanner, câmeras de vídeo, inibidores de sinal em telefonia móvel, entre outros”, consta no comunicado divulgado pela presidência do Equador.