Quem era Qassem Soleimani, homenageado em ato alvo de explosões no Irã
Qassem Soleimani era considerado um dos homens mais poderosos do Irã. Duas explosões atingiram procissão em sua homenagem, na manhã de hoje
atualizado
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Há quatro anos, Qassem Soleimani, major da Força Al Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária Islâmica, foi morto durante um ataque aéreo comandado pelos Estados Unidos (EUA). Ele era considerado um dos homens mais poderosos do país.
Na manhã desta quarta-feira (3/1), pelo menos 103 pessoas morreram depois que duas explosões atingiram uma procissão em homenagem ao militar.
Em 2023, o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, prometeu vingança contra os Estados Unidos pela morte de um dos mais poderosos generais iranianos do século 20. Entretanto, essa não teria sido a primeira tentativa de assassinato que o militar havia sofrido nas últimas décadas.
Soleimani, que tinha 62 anos, era responsável por operações clandestinas do Irã no exterior, que tinham como objetivo aumentar, de forma silenciosa, o alcance militar iraniano em conflitos.
De origem humilde, começou a carreira em 1979, quando se incorporou ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, grupo que visava proteger a nova república e reforçar seus estritos objetivos ideológicos após a revolução.
Ataques durante homenagem a Soleimani
De acordo com autoridades locais, o grupo que foi atingido pelas explosões na manhã desta quarta-feira (3/1), tinha a intenção de homenagear o general. O ocorrido foi em uma rua a caminho do cemitério, na cidade de Kerman, onde o corpo do general está enterrado. A primeira explosão aconteceu a cerca de 700 metros do túmulo do militar
Mais de 100 morreram até o momento e 141 pessoas ficaram feridas.
O governo chamou o ocorrido de atentado terrorista, porém, até o momento nenhum grupo reivindicou o ataque. Segundo os jornalistas, há diversos corpos espalhados pelo local.