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Quem é o militar que matou Bin Laden e foi preso nos EUA

Robert J. O’Neill foi preso na última quarta-feira (23/8) por intoxicação pública e agressão. Ele alega ter matado Osama bin Laden

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Robert James O’Neill, de 47 anos, é um ex-membro das forças especiais dos Estados Unidos, mais conhecido por afirmar ser o responsável por matar Osama bin Laden, o líder da Al-Qaeda, durante um operação especial em um complexo fortificado em Abbottabad, Paquistão, no dia 1º de maio de 2011.

O’Neill foi preso no Texas, na ultima quarta-feira (23/8). A prisão do militar aconteceu diante das acusações de intoxicação pública e agressão com lesões corporais, no condado de Collin. O’Neill pagou a fiança no valor de US$ 3,5 mil (cerca de 17,5 mil) e acabou liberado no mesmo dia.

Nascido em 10 de abril de 1976, O’Neill se alistou no Exército em 1995, aos 19 anos, um ano depois de se formar na Escola Secundária Preparatória de Saint Joseph. Ele foi membro dos SEALs, uma unidade de elite de combate. O’Neill ganhou notoriedade por suas alegações sobre ter sido o atirador que matou Bin Laden durante a operação conhecida como “Operação Lança de Netuno”.

Além de sua suposta participação na morte de Bin Laden, O’Neill serviu em várias missões de combate e recebeu muitas condecorações por seu serviço. Ele se aposentou da Marinha em 2012, após 16 anos de serviço, e desde então se tornou um palestrante motivacional, compartilhando suas experiências em palestras públicas e mídias sociais.

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Robert O'Neill tem mais de 300 mil seguidores no Instagram.
Robert O'Neill afirma ter matado Osama bin Laden.
Robert O'Neill se aposentou em 2012.
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Robert O'Neill serviu a Marinha dos EUA por 16 anos.

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Robert O'Neill afirma ter matado Osama bin Laden.

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Robert O'Neill se aposentou em 2012.

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Matou ou não matou?

Apesar de afirmar ter sido o responsável pela morte de Osama bin Laden, o fato ainda é objeto de debate e controvérsia. Outros membros das forças especiais contestam a versão de Robert O’Neill.

A polêmica em torno da afirmação surge principalmente devido à natureza sigilosa das operações militares e ao fato de que várias pessoas participaram da operação que resultou na morte de Bin Laden, tornando difícil ou até mesmo impossível confirmar, com certeza, quem disparou o tiro fatal que matou o terrorista.

O’Neill é o membro mais conhecido que alega ter sido o atirador responsável, mas outros militares também estavam presentes e contribuíram para o sucesso da missão.

A identidade dos envolvidos nessas operações normalmente é mantida em sigilo por questões de segurança e para preservar a integridade das equipes. Portanto, muitos militares acreditam que a divulgação pública da identidade do atirador pode comprometer a segurança de todos os envolvidos.

Livro e documentário

Robert O’Neill escreveu um livro intitulado “The Operator: Firing the Shots that Killed Osama bin Laden and My Years as a SEAL Team Warrior”, que foi lançado em 2017. Nesse livro, O’Neill detalha suas experiências como membro dos SEALs da Marinha dos EUA e alega ser o atirador responsável pela morte de Osama bin Laden. Ele compartilha sua perspectiva sobre sua carreira militar, operações especiais e a missão.

No livro, O’Neill relata não apenas a operação que resultou na morte de Bin Laden, mas também aborda suas memórias e reflexões sobre seu tempo como membro das forças especiais. Ele explora os desafios físicos e mentais enfrentados por ele e sua equipe, bem como as lições aprendidas ao longo de sua carreira.

Além do livro, as alegações de O’Neill também foram adaptadas para um documentário, intitulado como “The Man Who Killed Osama bin Laden”, lançado em 2014, que explora a história de O’Neill e sua versão dos acontecimentos.

Tanto o livro quanto o documentário geraram polêmica e discussões em relação à precisão das alegações de O’Neill, especialmente entre membros das forças especiais e especialistas em segurança.

Prisão

A polícia se negou a dar mais informações sobre a prisão e O’Neill se recusou a falar com a imprensa dos EUA sobre o assunto. O que se sabe é que O’Neill já foi acusado de dirigir alcoolizado em Montana, mas a acusação foi retirada em 2016. Promotores e advogados chegaram a um acordo de liberá-lo porque ele estava tomando medicamentos prescritos para tratar uma doença.

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