Quem é Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, morto em ataque de Israel
Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, foi um dos fundadores e comandou o grupo xiita desde 1992
atualizado
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O Exército de Israel anunciou, neste sábado (28/9), a morte de Seyyed Hassan Nasrallah (foto em destaque), líder do grupo Hezbollah, em um bombardeio no sul de Beirute. Até o momento, o grupo xiita não se manifestou.
O ataque realizado nessa sexta-feira (27/9) é mais um episódio da escalada das tensões no Oriente Médio. As hostilidades entre o Hezbollah e as forças de defesa israelense já deixaram mais de 700 mortos.
Nasrallah foi um dos fundadores do Hezbollah e comandou o grupo desde 1992. Ele foi um dos responsáveis por liderar um movimento contra a ocupação israelense no Líbano em 1982, em meio à guerra civil no país. Depois, o grupo virou o que hoje é o Hezbollah.
Primogênito de nove filhos, Nasrallah e sua família foram forçados a se mudar para o sul do Líbano por conta da guerra civil, em 1975. Aos 16 anos, ele foi para o Iraque com o objetivo de estudar em um seminário xiita. No entanto, foi expulso do país junto com professores e estudantes xiitas por decisão do governo, que era sunita.
Nasrallah sucedeu Abbas Musawi, líder do Hezbollah que foi morto em um ataque israelense. Desde então, comandou operações do grupo, sendo a mais emblemática a guerra de 2006, quando integrantes do Hezbollah invadiram Israel.
O conflito terminou com mais de 1,2 mil mortos no Líbano e quase 200 em Israel em pouco mais de 30 dias. A guerra aumentou a popularidade e a influência do líder do Hezbollah.
Ataque
De acordo com o coronel Avichay Adraee, porta-voz em língua árabe do Exército israelense, o ataque a Nasrallah também matou Ali Karki, comandante da Frente Sul do Hezbollah, e outros líderes do movimento.
O bombardeio teria atingido uma base do Hezbollah localizada no subsolo de um edifício residencial em um subúrbio no sul de Beirute.
“Durante 32 anos de sua liderança para organizar o grupo terrorista Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi responsável por matar um grande número de cidadãos israelenses e soldados das IDF, além de planejar e executar milhares de atos terroristas contra o estado de Israel e em todo o mundo”, disse Adraee em um publicação nas redes sociais.
