Quem é Guillermo Lasso, presidente do Equador que dissolveu Parlamento
Ex-banqueiro, o político de direita conservadora Guillermo Lasso tem carreira à frente do Executivo do Equador marcada por altos e baixos
atualizado
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O presidente do Equador, Guillermo Lasso, dissolveu, nesta quarta-feira (17/5), o Parlamento, usando uma medida chamada de “muerte cruzada” (em tradução literal, morte mútua). Ele tem trajetória política de altos e baixos, desde que foi eleito em abril de 2021.
Com promessas de mais investimento estrangeiro direto e incentivo ao empreendedorismo, o político de direita conservadora elegeu-se com 52,52% dos votos válidos, contra 47,48% do economista de esquerda Andrés Arauz.
Ex-banqueiro, Lasso contou com o apoio de empresários e da direita tradicional para ocupar o governo. Mesmo com postura conservadora, ele atua de forma liberal na economia equatoriana.
Durante a pandemia da Covid-19, Lasso recebeu elogios por conduzir uma campanha bem-sucedida de vacinação. No entanto, em pouco tempo, viu os altos índices de aprovação despecarem. À época, o país enfrentava duas crises: sanitária e econômica.
No ano passado, o país enfrentou uma onda de protestos contra os preços dos alimentos e combustíveis. Somado à insatisfação popular, Lasso sofreu críticas por adotar medidas autoritárias.
Além de escapar de um processo de impeachment aberto pela Assembleia Nacional contra o político nessa terça-feira (16/5), Lasso sobreviveu a outra tentativa de destituição do cargo.
Lasso é suspeito de peculato e de favorecer uma petrolífera em um contrato estatal de transporte marítimo. No entanto, ele alega inocência e diz que acusações são frutos de motivações políticas.