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Quem é Francia Márquez, primeira vice-presidente negra da Colômbia

Mãe solo, ex-empregada doméstica e ativista do meio ambiente e dos direitos dos negros chega à cúpula do poder no país sul-americano

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Photo by Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
Vice-presidente Francia Marquez é a primeira mulher negra a ser vice-presidente da Colômbia
1 de 1 Vice-presidente Francia Marquez é a primeira mulher negra a ser vice-presidente da Colômbia - Foto: Photo by Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images

O discurso de Francia Márquez, de 40 anos, após a confirmação de que ela e Gustavo Petro comandarão a Colômbia nos próximos anos, é essencial para conhecer a primeira negra a assumir a vice-presidência no país. Ela vai substituir Marta Lucía Ramírez, a primeira mulher no segundo posto de comando da nação sul-americana. E as palavras da líder colombiana demonstram qual direção ela pretende tomar.

“Quero agradecer a todos os homens e mulheres colombianos que deram suas vidas por este momento. Todos os nossos irmãos e irmãs, líderes sociais, que infelizmente foram assassinados neste país. Aos jovens assassinados e desaparecidos, às mulheres violentadas e desaparecidas”, afirmou.

E continuou: “A todos eles, que sei que nos acompanham de algum lugar neste momento histórico para a Colômbia, agradecemos. Obrigada por terem pavimentado o caminho, por terem plantado a semente da resistência e da esperança”.

No primeiro governo assumidamente de esquerda da Colômbia, ela é a primeira mulher negra no alto escalão de poder. Nascida na região de Cauca, Márquez implementará a criação do Ministério da Igualdade, do qual será chefe. O objetivo é garantir equidade de gênero, classe e raça no país.

A luta política vem de família, uma vez que a mãe dela era líder na vila de Yolombó. Márquez também se tornou mãe muito cedo, aos 16 anos; mãe solo, diga-se de passagem. Aos 21, já tinha o segundo filho. Para ganhar a vida, trabalhou como empregada doméstica, até que se formou em direito.

Meio ambiente e direito dos negros

Como advogada, representou a luta contra a mineração ilegal e a exploração da terra por empresas estrangeiras. Márquez ainda incluiu como um de seus ideais a defesa das comunidades negras do país. Tanto viveu essas batalhas que só conseguiu o diploma na Universidade de Santiago de Cali em 2020.

Antes, porém, a ativista recebeu reconhecimento de seu trabalho. Em 2018, por exemplo, conquistou o Prêmio Goldman, um dos mais importantes do mundo na área de proteção ao meio ambiente.

“Com amor e com alegria. Vamos pela dignidade, vamos pela justiça social. Nós, mulheres, vamos erradicar o patriarcado do nosso país. Estamos indo pelos direitos da comunidade LGBTIQ diversificada, estamos indo pelos direitos da nossa mãe terra, da casa grande. Vamos erradicar o racismo estrutural”, prometeu no discurso da vitória.

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