Quatro policiais que combateram ataque ao Capitólio cometeram suicídio
Agentes contaram que foram espancados, ameaçados e receberam insultos racistas durante a invasão em 6 de janeiro deste ano
atualizado
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Quatro policiais que combateram o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro nos Estados Unidos cometeram suicídio. Na data, um grande grupo de manifestantes invadiu o prédio no momento em que legisladores certificavam a vitória do presidente eleito Joe Biden.
O policial Gunther Hashida foi encontrado sem vida em sua casa na última quinta-feira (29/7). Menos de um mês antes, em 10 de julho, outro policial que participou da ação de enfrentamento à invasão, Kyle DeFreytag foi achado morto.
Além deles, os oficiais Jeffrey Smith e Howard Liebengood também cometeram suicídio após a data do ataque ao Capitólio. Durante um testemunho a um comitê especial da Câmara dos Representantes, na semana passada, quatro policiais contaram que foram ameaçados e sentiram que poderiam morrer.
Ao menos 100 policiais ficaram feridos na ação e um agente morreu no dia seguinte.
Busque ajuda
O Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos de suicídio ou tentativas que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social. Isso porque é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.
Depressão, esquizofrenia e o uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida. Problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.
Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode te ajudar. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dia, 32 pessoas cometem suicídio no Brasil. Hoje, o CVV é um dos poucos serviços em Brasília em que se pode encontrar ajuda de graça. Cerca de 50 voluntários atendem 24 horas por dia a quem precisa.