Putin visita a Coreia do Norte pela 1ª vez desde 2000 e critica EUA
Presidente da Rússia, Vladimir Putin elogiou o apoio da Coreia do Norte na guerra contra a Ucrânia e diz que EUA faz “ditadura neocolonial”
atualizado
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O presidente russo Vladimir Putin visita a Coreia do Norte pela primeira vez desde 2000. Ele se encontra com o ditador Kim Jong Un para conversações individuais em Pyongyang para se comprometer com a expansão de alianças militares e econômicas, principalmente.
Também agradeceu o apoio recebido pelos norte-coreanos na guerra contra a Ucrânia.
Em artigo escrito para o jornal norte-coreano Rodong Sinmun, o líder russo reafirmou que vê o país como “aliado firme na luta contra a hegemonia ocidental”.
“Pyongyang sempre foi nosso apoiador comprometido e com ideias semelhantes, pronto para enfrentar a ambição do Ocidente coletivo de impedir o surgimento de uma ordem mundial multipolar baseada na justiça, no respeito mútuo pela soberania e na consideração dos interesses de cada um”, escreveu.
No artigo, ele aponta que Estados Unidos “fazem de tudo para impor” uma ordem baseada em regras próprias para o mundo inteiro. “Essencialmente nada mais é do que uma ditadura neocolonial global baseada em dois pesos e duas medidas”, analisou.
“As nações que discordam de tal abordagem e prosseguem uma política independente enfrentam uma pressão externa crescente. A liderança dos EUA vê uma aspiração tão natural e legítima de auto-suficiência e independência como uma ameaça ao seu domínio global”, continuou.
Putin fala da independência da Coreia do Norte
Com o apoio recebido na guerra contra a Ucrânia, o presidente russo afirmou que também continuará a apoiar Pyongyang na sua luta pela independência. Segundo ele, os EUA continua a estabelecer “requisitos inaceitáveis” para que as duas Coreias se separem – os dois países vivem em armistício.
“A Rússia apoiou incessantemente e apoiará a Coreia do Norte e o heroico povo coreano na sua luta contra o inimigo traiçoeiro, perigoso e agressivo, na sua luta pela independência, identidade e pelo direito de escolher livremente o seu caminho de desenvolvimento”, apontou.
O chefe de Estado russo fica na Coreia do Norte até esta quarta-feira (19/6). O convite foi feito pelo próprio Kim Jong Un, quando ele esteve na Rússia em setembro do ano passado. Depois, ele segue para o Vietnã.