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- Foto: Kremlin Press Service/Anadolu Agency via Getty Images
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, desembarca em Teerã, nesta terça-feira (19/7), para uma reunião de cúpula com os chefes de Estado do Irã e da Turquia.
Em pauta no encontro bilateral com o iraniano Ebrahim Raisi estão as discussões sobre um plano de cooperação de 20 anos, que pode ser assinado na visita. O tratado representa o fortalecimento de laços comerciais e políticos entre os países, inclusive no campo militar.
Durante a cúpula, devem ser discutidos o fim do bloqueio às exportações ucranianas no Mar Negro, bem como o futuro da Síria, com a presença do turco Recep Tayyip Erdogan.
Teerã e Moscou apoiam o presidente Bashar al-Assad, enquanto Erdogan oferece suporte militar a milícias de oposição e luta contra movimentos curdos, que chama de grupos “terroristas”.
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Em pronunciamento sobre a guerra travada entre Rússia e Ucrânia, o chefe da diplomacia do ex-país soviético fez comentários sobre o uso de armas nucleares. Na fala, ele alertou para uma possível Terceira Guerra Mundial, “nuclear e devastadora”
Rob Atkins/ Getty Images
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Segundo o Boletim de Cientistas Atômicos, atualmente, a Rússia concentra quase 6 mil ogivas nucleares, a maior quantia do mundo. Para os especialistas, o país sob comando de Vladimir Putin tem arsenal bélico avassalador
Vyacheslav Argenberg/ Getty Images
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Os Estados Unidos concentram aproximadamente 5.550 ogivas nucleares e também são uma grande potência militar. Foi o único país do planeta a usar armas nucleares em combate e, atualmente, mantém bombas gravitacionais nucleares em países da Otan
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Concentrando cerca de 350 armas nucleares, a China está em terceira colocação no ranking de potências nucleares. Segundo dados divulgados pelo Pentágono, o país asiático tem avançado no poderio bélico e, hoje, é referência na tríade nuclear “nascente” (misseis com capacidade de serem lançados pelo ar, pela terra e pelo mar)
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Com um dos exércitos mais poderosos do mundo, a França tem posse de aproximadamente 290 artefatos nucleares
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Com armamento nuclear próprio, o Reino Unido concentra, hoje, cerca de 225 armas nucleares e tem dissuasor nuclear independente
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Por não participar do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e do Tratado de Não Proliferação, o Paquistão tem expandido cada vez mais o arsenal nuclear. Com aproximadamente 165 ogivas, o país asiático é uma das maiores potências nucleares da atualidade
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Vizinha do Paquistão, a Índia também não participa do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e do Tratado de Não Proliferação. Atualmente, o país concentra aproximadamente 156 armas de destruição em massa
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Concentrando aproximadamente 90 armas nucleares, Israel pode ser considerado uma das novas potências nucleares mais sofisticadas do planeta
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Apesar de ser um país que tenta manter informações sobre sigilo, principalmente se tratando de desenvolvimento armamentício, estima-se que a Coreia do Norte tenha cerca de 50 armas de destruição em massa
Divulgação
A viagem, poucos dias após a visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao Oriente Médio, foi anunciada pelo Kremlin como um sinal da influência de Putin na região.
O encontro envia uma mensagem ao Ocidente dos planos de Moscou de estreitar laços com Irã, China e Índia diante das sanções lideradas pelos EUA e pela União Europeia.
“O contato com Khamenei é muito importante”, disse Yuri Ushakov, assessor de política externa de Putin, em entrevista à imprensa russa. “Um diálogo de confiança se desenvolveu entre eles sobre as questões mais importantes da agenda bilateral e internacional.”
Para o Irã, que demonstra incômodo tanto com as sanções econômicas ocidentais, quanto com a situação de desacordo com os Estados Unidos sobre os programas nucleares em Teerã, o encontro é pertinente.
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