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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que os “países ocidentais marcaram um gol contra” ao impor sanções contra os russo. Ele acredita que as medidas causaram “deterioração da economia no Ocidente”.
Nesta segunda-feira (18/4), em entrevista ao canal de notícias Sky News, Putin afirmou que a economia doméstica da Rússia vai bem, que a inflação está se estabilizando e que a demanda de varejo no país havia se normalizado.
Veja o post:
Russian President Vladimir Putin says sanctions imposed on Russia by “unfriendly countries” have “impacted businesses” and “complicated the logistics of foreign and domestic supplies”.
Putin admitiu que as represálias s sanções impostas à Rússia por “países hostis” “impactaram os negócios” e “complicaram a logística de suprimentos estrangeiros e domésticos”.
“A Rússia resistiu a essa pressão sem precedentes. A situação está a estabilizar, a taxa de câmbio do rublo voltou aos níveis da primeira quinzena de fevereiro e é sustentada por uma balança de pagamentos objetivamente forte”, disse Putin.
A Rússia passou a sofrer uma série de sanções, sobretudo dos Estados Unidos e da União Europeia, após invadir e abrir guerra contra a Ucrânia.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
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Durante os últimos ensaios para o desfile, oito caças MiG-29, sobrevoando os céus e formando a letra “Z”, que se converteu no símbolo da “operação militar especial” da Rússia na Ucrânia.
“Vamos celebrar como fazemos sempre. É a nossa celebração mais sagrada. No nosso país foi e vai continuar a ser uma ‘festa sagrada’ para todos os russos”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.
As forças russas não deram trégua e prosseguiram com os ataques massivos contra a Ucrânia. Mais de 300 mísseis, segundo o Exército de Vladimir Putin, foram disparados. Lviv e Lugansk registraram mortes. Kharkiv, Zaporizhzhia, Donetsk e Dnipro sofreram bombardeios.
Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro. Nesta segunda-feira (18/4), a guerra completa 54 dias.
A tensão no Leste Europeu voltou a subir após ao menos três ataques ucranianos contra o território russo. O país liderado por Putin, que havia prometido trégua a Kiev, voltou a bombardear a capital.
A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.