Putin se desculpa por queda de avião, mas responsabiliza Ucrânia
Presidente russo, Putin culpou drones ucranianos por atacarem a Rússia e disse que as forças de defesa aérea russas repeliam os ataques
atualizado
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O presidente russo, Vladimir Putin, pediu desculpas neste sábado (28/12) a Ilham Aliyev, presidente do Azerbaijão, pela queda do avião operado pela companhia aérea Azerbaijan Airlines, no último 25 de dezembro.
Segundo a agência de notícias russa Interfax, os dois líderes conversaram por telefone por iniciativa do lado russo. Putin teria classificado o evento de “incidente trágico”.
O piloto da aeronave, fabricada pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), arriscou um pouso de emergência a cerca de 3 km do centro urbano de Aktau e na costa do Mar Cáspio. Após oscilar no ar e perder altitude, o piloto tentou tocar o solo, mas o avião o atingiu com força e pegou fogo. O acidente deixou 38 mortos.
O Kremlin disse que, enquanto a aeronave tentava pousar em Grozny, drones ucranianos atacavam a Rússia e as forças de defesa aérea russas repeliam os ataques.
“Durante esse período, Grozny, (a cidade de) Mozdok e Vladikavkaz estavam sendo atacados por drones de combate ucranianos e a defesa aérea russa estava repelindo esses ataques”, disse o Kremlin.
As investigações preliminares sobre o acidente apontam para “interferências físicas e técnicas externas”.
Publicações nas redes sociais e autoridades ventilam a possibilidade de o avião ter sido atingido, por engano, por um míssil antiaéreo russo.
O Kremlin informou nessa sexta-feira (27/12) que não faria comentários sobre o episódio antes do fim da apuração. “Uma investigação está em andamento. Acreditamos que não temos o direito de fazer comentários antes das conclusões da investigação”, ressaltou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
O acidente
O avião da Embraer da Azerbaijão Arilines (AZAL) saiu de Baku para Grozny, e caiu perto de Aktau. Havia 67 pessoas a bordo, incluindo cinco tripulantes, dos quais 42 eram cidadãos do Azerbaijão, 16 da Rússia, 6 do Cazaquistão, 3 do Quirguistão. Ao todo, 38 pessoas morreram e 29 ficaram feridas.