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Putin reconhece independência de Donetsk e Luhansk, na Ucrânia

Reconhecimento de regiões separatistas como repúblicas independentes é mais uma agressão russa à Ucrânia

atualizado

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Andre Borges/Esp. Metrópoles
Presidente da Rússia, Vladimir Putin
1 de 1 Presidente da Rússia, Vladimir Putin - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Em ato que agrava as tensões entre Rússia e Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou nesta segunda-feira (21/2) a decisão de reconhecer como independentes regiões do país vizinho onde há lutas separatistas: Donetsk e Luhansk. O reconhecimento ocorreu em uma cerimônia televisionada pelo governo russo.

Putin já sinalizava apoio a esse reconhecimento e fez o anúncio oficial após reuniões nesta segunda com lideranças das regiões separatistas. Essas lideranças pediam para ser reconhecidas pela Rússia como repúblicas independentes, a fim de possivelmente evitar invasões, caso os russos entrem mesmo em território ucraniano.

Os separatistas, na região ucraniana de Donbas, buscam a independência de maneira muitas vezes violenta ao menos desde 2014, quando a Rússia aproveitou o conflito e anexou a seu território outra porção do país vizinho, a Criméia. Após o ato russo, a Síria, país aliado de Moscou, sinalizou que também reconheceria essa independência.

Antes do reconhecimento, Putin também fez um pronunciamento com duras críticas à Ucrânia e uma ameaça de invasão cada vez mais clara. O presidente russo deu a entender que precisa agira para evitar que os Estados Unidos façam da região um “teatro de guerra”.

“É importante entender que a Ucrânia nunca teve uma tradição consistente de ser uma nação de verdade”, provocou Putin. “Vamos começar com o fato de que a Ucrânia moderna foi inteiramente criada pela Rússia, mais precisamente, pelos bolcheviques, a Rússia comunista. Esse processo começou quase imediatamente após a revolução de 1917 [revolução comunista na Rússia, que criou a União Soviética e tinha o território ucraniano como parte]”, continuou ele, que acusou o atual governo ucraniano de se comportar como uma “marionete dos EUA”.

Por fim, Putin acusou os EUA e seus aliados de buscarem ajudar a Ucrânia a construir um arsenal nuclear. “Se a Ucrânia tiver armas de destruição em massa, a situação global mudará drasticamente, não podemos ignorar isso”, disse Putin.

Veja onde ficam as regiões separatistas:

Repercussão

Logo após o anúncio do Kremlin sobre a decisão, a imprensa internacional que acompanha as tensões entre Rússia e Ucrânia informou que o presidente francês, Emmanuel Macron, convocou uma reunião urgente do Conselho Nacional de Segurança da França para discutir a crise.

Já o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que o movimento russo foi uma “grande violação da lei internacional” e que demandaria uma “resposta firme”.

Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi às redes sociais dizer que o reconhecimento das regiões separatistas ucranianas pelos russos é uma “flagrante violanção da legislação internacional e da integridade territorial da Ucrânia” e que a UE e seus aliados vão “reagir com união, firmeza e determinação em solidariedade com a Ucrânia”. Veja:


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