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Putin promete ação rápida como “raio” contra interferência na guerra

“Os inimigos de nosso país aceleraram a criação de uma nova arma geopolítica”, reclama o líder russo

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Vladimir Putin, presidente da Russia. Ele veste blazer escuro e camiseta branca - Metrópoles
1 de 1 Vladimir Putin, presidente da Russia. Ele veste blazer escuro e camiseta branca - Metrópoles - Foto: Mikhail Svetlov/Getty Images

O presidente russo, Vladimir Putin, subiu o tom e fez novas ameaças contra a comunidade internacional nesta quarta-feira (27/4). O líder do Kremlin afirmou que qualquer país que tentar interferir na Ucrânia enfrentará uma “resposta rápida como raio” da Rússia.

Putin declarou que todas as opções de reação em caso de interferência já estão desenhadas pela inteligência russa.

“Se alguém pretende intervir nos eventos em andamento (na Ucrânia) de fora e criar ameaças estratégicas inaceitáveis ​​para nós, eles devem saber que nossa resposta a esses ataques será rápida, rápida como um raio”, frisou. 

Em discurso a parlamentares da cidade de São Petersburgo, Putin afirmou que o Ocidente queria cortar a Rússia em pedaços.

“Os inimigos de nosso país aceleraram a criação de uma nova arma geopolítica”, disparou.

Segundo agências internacionais de notícias, Putin garantiu que o rublo, o sistema bancário, o setor de transporte e a economia da Rússia estão bem.

Boicote ao gás

O governo russo aumentou a pressão contra a União Europeia e alertou que irá suspender o fornecimento de gás natural a todos os países que não efetuarem o pagamento dos contratos em rublos, moeda russa.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou nesta quarta-feira que o decreto do presidente Vladimir Putin será aplicado a todas as nações.

“Quando os prazos de pagamento se aproximarem, se alguns consumidores se recusarem a pagar sob o novo sistema, então o decreto do presidente será aplicado”, frisou. Em março, Putin assinou decreto que obriga os países considerados “hostis” a ter contas em bancos russos e pagar os contratos em rublos.

Peskov garantiu que a Rússia foi e “continua sendo um fornecedor confiável” de recursos energéticos para seus consumidores e segue comprometida com as obrigações contratuais.

Nesta quarta-feira, a Rússia já interrompeu o fornecimento de gás para a Polônia e a Bulgária, as primeiras nações a sofrerem a sanção.

Guerra

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade militar liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, a Rússia invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

A guerra completa, nesta quarta-feira, 63 dias. A mais recente conquista das tropas russas foi o controle da cidade portuária de Mariupol.

A tensão no Leste Europeu voltou a subir, depois de ataques ucranianos contra o território russo.

A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.

Além disso, ataques recentes contra a Moldávia estão assustando líderes globais, que temem que o conflito saia de controle.

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