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Putin intensifica bombardeios a Kiev após fazer novas ameaças à Europa

Prefeito da capital ucraniana diz que situação é “ameaçadora”. Otan envia mais militares para o Leste Europeu. Putin sofre mais sanções

atualizado

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Militares ucranianos fazem patrulha em ruas do país. Atrás deles, vê-se dois tanques - Metrópoles
1 de 1 Militares ucranianos fazem patrulha em ruas do país. Atrás deles, vê-se dois tanques - Metrópoles - Foto: Anastasia Vlasova/Getty Images

Instantes após o presidente russo, Vladmir Putin, ameaçar a Finlândia e a Suécia, novos bombardeios foram registrados em Kiev, capital ucraniana.

O prefeito da cidade, Vitali Klitschko, afirmou que ao menos cinco explosões foram ouvidas no local, o centro do poder ucraniano. Os disparos ocorreram em um espaço de 3 a 5 minutos.

“A situação agora, sem exagero, é ameaçadora para Kiev. À noite, perto da manhã, será muito difícil”, frisou Klitschko. Ainda de acordo com o prefeito, as explosões parecem vir de uma área próxima ao centro de distribuição de energia da cidade.

Mapa ilustra onde o país está sendo atacado
Mapa ilustra onde o país está sendo atacado

A embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos, Oksana Markarova, disse que os bombardeios russos desta manhã atingiram um orfanato com 50 crianças, mas não deixaram vítimas.

Segundo o ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Liashko, as tropas russas abriram fogo contra ambulâncias nas cidades de Chernihiv e Zaporijchia, a 514 km da capital Kiev.

O ministro também acusou os russos de dispararem contra um hospital psiquiátrico em Chernihiv, cidade que foi alvo de lançadores de foguetes na última quinta-feira (24/2), quando os bombardeios começaram.

Mais ameaças

A escalada de violência na Ucrânia ocorre após a Rússia ameaçar Finlândia e Suécia. “A adesão da Finlândia a Otan teria sérias repercussões militares e políticas”, afirmou um comunicado publicado pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

Com o conflito em temperaturas cada vez mais altas, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) determinou a mobilização de mais militares para o Leste Europeu.

Em pronunciamento transmitido ao vivo de Bruxelas, o secretário-geral da entidade, Jens Soltenberg, garantiu a proteção de países aliados.

“Estamos movimentando parte da força de resposta da Otan por terra, ar e pelo mar. Estados Unidos, França, Canadá e países europeus deslocaram militares. Faremos o que for necessário”, frisou.

Kiev sitiada

Tropas russas tomaram Kiev no início desta sexta-feira (25/2). O prefeito determinou estado de defesa. O governo ucraniano iniciou uma operação de expulsão. Tanques foram colocados nas ruas.

A TV ucraniana está exibindo à população tutoriais de como montar coquetéis molotov — tipo de arma química incendiária. Essa seria uma forma de deter os invasores russos. Além disso, o governo confirmou a distribuição de 18 mil fuzis para civis.

Na primeira declaração pública após sitiar a capital ucraniana, Kiev, o presidente Putin pediu que militares do país derrubem o presidente Volodymyr Zelensky e tomem o poder.

“Neonazistas estão fazendo todo o povo ucraniano de refém. Assumam o controle. É melhor do que trabalhar com essas pessoas que fizeram a Ucrânia refém”, frisou.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.

Apoio dos EUA

Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discutiram a criação de uma coalizão militar para responder aos bombardeios russos.

Nesta sexta-feira (25/2), o líder da Ucrânia telefonou para Biden. Pelas redes sociais, ele detalhou os assuntos que foram tratados.

“Sanções de fortalecimento, assistência concreta de defesa e uma coalizão anti-guerra acabaram de ser discutidas. Grato pelo forte apoio Estados Unidos”, escreveu.

Sanções

Na tentativa de frear as investidas de Putin, o Conselho da Europa e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciaram novas sanções contra a Rússia.

O Conselho da Europa determinou a suspensão “com efeito imediato” da participação da Rússia no Comitê de Ministros e na Assembleia Parlamentar após a invasão ao território ucraniano.

A Otan disse que a decisão de Putin de atacar a Ucrânia “foi um terrível erro de estratégia”. Os estados-membros da aliança militar se reuniram nesta sexta-feira para tratar do conflito.

Em um comunicado conjunto, as nações do Ocidente disseram que irão reforçar suas tropas no braço leste da aliança. A Ucrânia não faz parte da Otan. Por isso, não há presença militar da organização em seu território.

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Após sucessivos bombardeios, o país tenta, junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), negociar um cessar-fogo
Tanques militares russos e veículos blindados avançaram em Donetsk, Ucrânia, região que teve a independência russa reconhecida nos últimos dias
Autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. Segundo o governo ucraniano, já passam de 200 os ataques russos ao país
Os militares da Ucrânia afirmaram que destruíram quatro tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk
A imprensa russa informou que membros de uma milícia em Donetsk, uma das regiões separatistas da Ucrânia, estão prontos para apoiar a invasão
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A invasão russa da Ucrânia ocorreu na madrugada de 24 de fevereiro, horário de Brasília. Logo em seguida, as sirenes da capital Kiev começaram a tocar. O som foi o primeiro alerta de um possível ataque aéreo na região

Reprodução
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Após sucessivos bombardeios, o país tenta, junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), negociar um cessar-fogo

Gabinete do Presidente da Ucrânia
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Tanques militares russos e veículos blindados avançaram em Donetsk, Ucrânia, região que teve a independência russa reconhecida nos últimos dias

Foto de Stringer/Agência Anadolu via Getty Images
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Autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. Segundo o governo ucraniano, já passam de 200 os ataques russos ao país

Foto de Wolfgang Schwan/Agência Anadolu via Getty Images
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Os militares da Ucrânia afirmaram que destruíram quatro tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk

Foto de Oliver Dietze/picture Alliance via Getty Images
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A imprensa russa informou que membros de uma milícia em Donetsk, uma das regiões separatistas da Ucrânia, estão prontos para apoiar a invasão

Pierre Crom/Getty Images
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Segundo a agência de notícias Reuters, militares ucranianos afirmam ter abatido cinco aviões russos, além de um helicóptero, na região de Luhansk, um dos dois territórios separatistas da Ucrânia

Foto do Ministério do Interior da Ucrânia/Divulgação/Agência Anadolu via Getty Images
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Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens

Omar Marques/Getty Images
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Pessoas também esperam ônibus em rodoviária na tentativa de deixar Kiev, capital da Ucrânia

Pierre Crom/Getty Images
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Habitantes de Kiev deixaram a cidade após ataques de mísseis pré-ofensivos das forças armadas russas e da Bielorrússia

Pierre Crom/Getty Images
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Dois soldados russos foram levados como prisioneiros pela Ucrânia após a operação militar da Rússia

Getty Images
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Estrutura ficou danificada após ataque de mísseis em Kiev

Chris McGrath/Getty Images
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Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da Ucrânia

Future Publishing via Getty Images
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Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. "Pare a guerra", escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na Alemanha

Kay Nietfeld/picture aliança via Getty Images
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A quantidade de aeronaves na base da Força Aérea dos EUA, na Alemanha, aumentou significativamente após os ataques russos à Ucrânia

Boris Roessler/picture Alliance via Getty Images

 

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