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Putin e Biden concordam em se encontrar para falar da Ucrânia

Informação foi confirmada pelo presidente da França e tratará sobre “segurança e estabilidade estratégica na Europa”

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Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin
1 de 1 Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin - Foto: GettyImages

O governo da França afirmou que o presidente Emmanuel Macron sugeriu, no domingo (20/2), reunião entre Joe Biden, mandatário dos Estados Unidos, e Vladimir Putin, chefe de Estado da Rússia, para que a tensão com a Ucrânia seja discutida. Nesta segunda-feira (21/2), ambos aceitaram participar da cúpula, segundo o Palácio do Eliseu, residência oficial francesa.

Uma nota da Casa Branca também confirmou o encontro.

O comunicado da França diz que Macron propôs aos dois chefes de Estado um momento para eles conversarem sobre “segurança e estabilidade estratégica na Europa”, e afirmou que ajudaria a preparar as pautas da reunião. “Os presidentes Biden e Putin aceitaram o princípio de tal cúpula”, disse, antes de acrescentar que o encontro seria impossível se a Rússia invadisse a Ucrânia.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que pode desencadear um conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível guerra

Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

“O secretário Blinken e o ministro Lavrov devem se encontrar durante a semana na Europa, desde que a Rússia não prossiga com uma ação militar. O presidente Biden aceitou a princípio uma reunião com o presidente Putin depois desta reunião, novamente, se a invasão não acontecer”, diz a nota francesa.

De acordo com o documento, a intenção da França é a diplomacia, mas que o continente está pronto “a impôr consequências rápidas e severas caso a Rússia escolha a guerra. E atualmente, a Rússia parece que continua a preparação para um ataque de larga escala à Ucrânia muito em breve”, aponta o comunicado.

O próximo passo, ainda segundo os franceses, é um encontro com “todas as partes envolvidas”.

Em nota oficial, o governo dos Estados Unidos confirma a conversa entre Biden e Macron sobre esforços para reagir à crescente investida militar da Rússia na fronteira da Ucrânia.

A Rússia, porém, declarou que ainda é “prematuro falar sobre planos específicos” para uma reunião entre os presidentes. “A reunião é possível se os líderes a considerarem viável”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em teleconferência com repórteres do Bloomberg, nesta segunda-feira (21/2).

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