1 de 1 Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin
- Foto: GettyImages
O governo da França afirmou que o presidente Emmanuel Macron sugeriu, no domingo (20/2), reunião entre Joe Biden, mandatário dos Estados Unidos, e Vladimir Putin, chefe de Estado da Rússia, para que a tensão com a Ucrânia seja discutida. Nesta segunda-feira (21/2), ambos aceitaram participar da cúpula, segundo o Palácio do Eliseu, residência oficial francesa.
Uma nota da Casa Branca também confirmou o encontro.
O comunicado da França diz que Macron propôs aos dois chefes de Estado um momento para eles conversarem sobre “segurança e estabilidade estratégica na Europa”, e afirmou que ajudaria a preparar as pautas da reunião. “Os presidentes Biden e Putin aceitaram o princípio de tal cúpula”, disse, antes de acrescentar que o encontro seria impossível se a Rússia invadisse a Ucrânia.
13 imagens
1 de 13
A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que pode desencadear um conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível guerra
Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
2 de 13
A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
Agustavop/ Getty Images
3 de 13
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Pawel.gaul/ Getty Images
4 de 13
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Getty Images
5 de 13
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
6 de 13
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
Poca/Getty Images
7 de 13
A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
Kutay Tanir/Getty Images
8 de 13
Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
9 de 13
Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
10 de 13
Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
11 de 13
Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
Will & Deni McIntyre/ Getty Images
12 de 13
O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
13 de 13
Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
“O secretário Blinken e o ministro Lavrov devem se encontrar durante a semana na Europa, desde que a Rússia não prossiga com uma ação militar. O presidente Biden aceitou a princípio uma reunião com o presidente Putin depois desta reunião, novamente, se a invasão não acontecer”, diz a nota francesa.
De acordo com o documento, a intenção da França é a diplomacia, mas que o continente está pronto “a impôr consequências rápidas e severas caso a Rússia escolha a guerra. E atualmente, a Rússia parece que continua a preparação para um ataque de larga escala à Ucrânia muito em breve”, aponta o comunicado.
O próximo passo, ainda segundo os franceses, é um encontro com “todas as partes envolvidas”.
Em nota oficial, o governo dos Estados Unidos confirma a conversa entre Biden e Macron sobre esforços para reagir à crescente investida militar da Rússia na fronteira da Ucrânia.
President Biden spoke with President Emmanuel Macron of France today. They discussed ongoing diplomacy and deterrence efforts in response to Russia’s military buildup on the borders of Ukraine.
A Rússia, porém, declarou que ainda é “prematuro falar sobre planos específicos” para uma reunião entre os presidentes. “A reunião é possível se os líderes a considerarem viável”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em teleconferência com repórteres do Bloomberg, nesta segunda-feira (21/2).