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Putin diz que Rússia “cuspirá traidores como moscas”

“Estou convencido de que uma autopurificação tão natural e necessária da sociedade só fortalecerá nosso país”, disse o presidente russo

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Vladimir Putin, presidente da Russia. Ele veste blazer escuro e camiseta branca - Metrópoles
1 de 1 Vladimir Putin, presidente da Russia. Ele veste blazer escuro e camiseta branca - Metrópoles - Foto: Mikhail Svetlov/Getty Images

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que uma autopurificação da sociedade só “fortalecerá o país”. O líder russo subiu o tom mais uma vez e fez ameaças sobre aqueles que são contra a guerra na Ucrânia. “Qualquer povo, e ainda mais o povo russo, sempre será capaz de distinguir verdadeiros patriotas da escória e dos traidores, e simplesmente cuspi-los como uma mosca que acidentalmente entrou em suas bocas. Estou convencido de que uma autopurificação tão natural e necessária da sociedade só fortalecerá nosso país, nossa solidariedade, coesão e prontidão para responder aos desafios”, disse, nessa quarta-feira (16/3).

Em sintonia com Putin, o porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, afirmou que os cidadãos do país que se opõem à guerra na Ucrânia são verdadeiros “traidores”.

Em declaração realizada nesta quinta-feira (17/3), Peskov demonstrou incômodo com aqueles que estão se demitindo de seus empregos e deixando o país em protesto à política do presidente Vladimir Putin.

“Em tempos difíceis, muitos mostram sua verdadeira essência. E muitos estão se revelando, como dizemos na Rússia, traidores”, disse a repórteres.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

As falas de Peskov se unem às de Putin, que acusou o Ocidente de provocar a guerra e tentar cancelar a Rússia. O presidente também afirmou que os países querem usar “traidores russos” como uma força estratégica para destruir o país. O mandatário ainda atacou aqueles que, em Moscou, os apoiavam.

O governo russo tem reprimido qualquer forma de protesto em seu território. Desde o início da invasão, no dia 24 de fevereiro, 14.977 pessoas foram presas no país por se manifestarem publicamente contra a ação russa, de acordo com o monitoramento da ONG OVD-Info.

Em nível global, porém, a população de diversos países demonstraram apoio à Ucrânia por meio de manifestações. Confira algumas imagens abaixo:

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Em manifestação em Hessen, Alemanha, pessoas levantam cartazes em reúpido à Rússia. Em um deles, está escrito "Fuck U Putin"
Centenas de pessoas se reúnem em torno da Praça de Maio em Buenos Aires, Argentina durante uma manifestação para protestar contra os ataques da Rússia à Ucrânia
Manifestantes em Brasília pedem fim de ataques da Rússia à Ucrânia
Manifestação em Cracóvia, na Polônia, mostra apoio à Ucrânia
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Em Edinburgh, na Escócia, manifestantes levantam cartazes pedindo o fim da guerra na Ucrânia e chamam o presidente russo Vladimir Putin de criminoso

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Em manifestação em Hessen, Alemanha, pessoas levantam cartazes em reúpido à Rússia. Em um deles, está escrito "Fuck U Putin"

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Centenas de pessoas se reúnem em torno da Praça de Maio em Buenos Aires, Argentina durante uma manifestação para protestar contra os ataques da Rússia à Ucrânia

Muhammed Emin Canik/Anadolu Agency via Getty Images
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Manifestantes em Brasília pedem fim de ataques da Rússia à Ucrânia

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Manifestação em Cracóvia, na Polônia, mostra apoio à Ucrânia

Filip Radwanski/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

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