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Putin compara “cancelamento” russo ao de J.K. Rowling e ela reage

Criadora da saga Harry Potter se envolveu em uma série de polêmicas ao publicar em redes sociais comentários transfóbicos

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Vladimir Putin 2 – getty
1 de 1 Vladimir Putin 2 – getty - Foto: Kremlin Press Service/Anadolu Agency via Getty Images

O presidente russo, Vladimir Putin, citou a escritora britânica J. K. Rowling, criadora da saga Harry Potter, como exemplo do que chamou de cancelamento do Ocidente.

Nesta sexta-feira (25/3), Putin reclamou do cancelamento de vários eventos culturais russos nas últimas semanas e comparou às ações tomadas pela Alemanha nazista na década de 1930.

“Hoje, eles [Ocidente] estão tentando cancelar toda uma cultura de mil anos do nosso povo. Estou falando da discriminação gradual contra tudo relacionado à Rússia”, criticou.

Ele completou. “Não faz muito tempo, a escritora infantil J.K. Rowling também foi cancelada só porque não satisfez as exigências [dos ativistas] dos direitos de gênero”, frisou.

A escritora não gostou da citação e reagiu no Twitter. “As críticas à cultura ocidental do cancelamento possivelmente não são mais bem feitas por aqueles que atualmente massacram civis pelo crime de resistência, ou que prendem e envenenam seus críticos. #IStandWithUkraine”, escreveu.

J.K. Rowling se envolveu em uma série polêmicas ao publicar em redes sociais comentários transfóbicos. Desde 2020, ela tem feito esse tipo de declarações.

Guerra

Um dia após receber severas críticas de órgãos internacionais e dos Estados Unidos, Vladimir Putin, mostrou disposição em continuar a guerra na Ucrânia. Mesmo isolado economicamente, o chefe do Kremlin minimizou a influência do Ocidente na sociedade russa.

Nesta sexta-feira (25/3), em comunicado oficial, o Ministério da Defesa russo confirmou que planeja “duas opções” para a investida militar em Donbass, região separatista pró-Rússia.

“O exército não descarta a possibilidade de atacar cidades ucranianas bloqueadas”, explica o ministério. As informações foram divulgadas pela agência de notícias russa Interfax.

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Pertencente a uma família de operários, Vladimir cresceu em uma periferia russa, em São Petersburgo, e sonhava ser espião
Formou-se em direito e, em seguida, entrou para o serviço secreto russo, a KGB, em 1975
Tempos depois, iniciou vida política como vice-prefeito de São Petersburgo. Em 1999, tornou-se primeiro-ministro e, no ano seguinte, após a renúncia do então presidente, Boris Yeltsin, foi eleito presidente da Rússia
Pouco depois de assumir a presidência, liderou com êxito tropas russas ao ataque à Chechênia, durante a 2ª Guerra da Chechênia, o que o fez crescer em popularidade
Em 2004, Putin foi reeleito e, em seguida, assinou o protocolo de Kyoto, documento que o tornou responsável por reduzir gases-estufa liberados pela Rússia
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Vladimir Vladimirovitch Putin é o atual presidente da Rússia. No poder há 20 anos, desde a renúncia de Boris Yeltsin, Putin é conhecido por apoiar ditadores e declarar oposição ferrenha aos Estados Unidos

Sergei Guneyev /Getty Images
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Pertencente a uma família de operários, Vladimir cresceu em uma periferia russa, em São Petersburgo, e sonhava ser espião

Mikhail Svetlov /Getty Images
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Formou-se em direito e, em seguida, entrou para o serviço secreto russo, a KGB, em 1975

Alexei Nikolsky /Getty Images
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Tempos depois, iniciou vida política como vice-prefeito de São Petersburgo. Em 1999, tornou-se primeiro-ministro e, no ano seguinte, após a renúncia do então presidente, Boris Yeltsin, foi eleito presidente da Rússia

Carl Court /Getty Images
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Pouco depois de assumir a presidência, liderou com êxito tropas russas ao ataque à Chechênia, durante a 2ª Guerra da Chechênia, o que o fez crescer em popularidade

Sergei Karpukhin /Getty Images
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Em 2004, Putin foi reeleito e, em seguida, assinou o protocolo de Kyoto, documento que o tornou responsável por reduzir gases-estufa liberados pela Rússia

Alexei Nikolsky v
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Seguindo a Constituição russa, que o impedia de exercer mais de dois mandatos consecutivos, o ex-KGB apoiou o seu primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, nas eleições que o sucederiam

Mikhail Klimentyev /Getty Images
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Em 2012, no entanto, voltou a ser eleito para novo mandato de seis anos, mesmo com forte oposição

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O líder russo Vladimir Putin diz que não irá recuar e desafia a comunidade internacional

Alexei Nikolsky /Getty Images
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No ano seguinte, apoiou a guerra que aconteceu na Síria e enviou militares para ajudar o regime do presidente sírio, Bashar Al Assad

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Apesar de toda desaprovação mundial diante de atos de guerra, Putin conseguiu se eleger em 2018 para mais seis anos, com vantagem expressiva em relação aos adversários

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Devido à lei que sancionou em 2021, Putin poderá concorrer nas duas próximas eleições e, se eleito, ficar no poder até 2036

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Recentemente, após exigir que o Ocidente garantisse que a Ucrânia, que faz fronteira com território russo, não se juntaria à Otan, reformou a inimizade entre os países

Vyacheslav Prokofyev /Getty Images
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O conflito, que acendeu alerta mundial, ganhou novos capítulos após Putin ordenar, no dia 25 de fevereiro de 2022, que tropas invadissem a Ucrânia utilizando armamento militar

Anadolu Agency /Getty Images
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Apesar dos avisos de sanções por parte de outras nações, o presidente russo prosseguiu com a intentada e deu início à guerra

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O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que os principais objetivos da “primeira fase da operação especial” na Ucrânia foram concluídos.

Antes, Putin acusou o Ocidente de tentar “cancelar” a cultura russa. “Estão tentando cancelar toda uma cultura de mil anos, nosso povo”, reclamou.

O presidente russo afirmou que existe uma “discriminação progressiva contra a Rússia” ao minimizar o efeito das sanções econômicas e um possível exclusão do G20.

A Polônia sugeriu que a Rússia seja excluída do G20, o grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia. A medida foi apoiada pelos Estados Unidos.

Biden na Polônia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um discurso reflexivo aos soldados americanos que integram a  Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Na Polônia, o chefe da Casa Branca defendeu a democracia e condenou o que chamou de “massacre” na Ucrânia.

Nesta sexta-feira (25/3), Biden falou que o mundo vive uma luta entre a democracia e a autocracia. “Os autocratas não querem um consenso”, declarou.

O líder norte-americano ponderou que daqui a 10 anos “estaremos diferentes” e que devemos fazer uma escolha. “As democracias vão prevalecer ou as autocracias vão prevalecer?”, frisou.

Biden fez duras críticas ao conflito no Leste Europeu e reafirmou a necessidade de “liberdade”. “É um momento perigoso há pessoas sofrendo na Ucrânia”, concluiu.

O presidente demonstrou otimismo na resolução do conflito. “Vivemos um momento de virada”, resumiu.

A visita à Polônia ocorre após a participação do norte-americano na reunião emergencial da Otan nessa quinta-feira (24/3) — exatamente um mês após o início da invasão russa. Biden está em Rzeszow, cidade fronteiriça com a Ucrânia.

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