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Em forte discurso, Putin alerta Ocidente sobre risco de guerra nuclear

No 19º Discurso da Nação, feito no Parlamento russo, Vladimir Putin disse que Ocidente tenta arrastar o país para uma corrida armamentista

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Em seu 19º discurso sobre o Estado da Nação, o presidente russo, Vladimir Putin, usou palavras fortes para ameaçar seus adversários. E colocou no Ocidente a culpa do risco de uma guerra nuclear.

As declarações vêm três semanas antes das eleições presidenciais. O discurso foi transmitido pela televisão nacional e até mesmo exibido em alguns cinemas.

Na parte mais ameaçadora da fala, Putin alertou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre risco de guerra nuclear.

“Eles [Otan] estão se preparando para atacar nosso território e usando as melhores forças possíveis e as forças mais eficazes para fazê-lo. Mas lembramo-nos do destino daqueles que tentaram invadir o nosso território e, claro, o seu destino será muito mais trágico do que qualquer coisa que possamos enfrentar”, discursou, elogiando o arsenal nuclear russo.

Segundo ele, os adversários precisam compreender que a Rússia também tem armas. “Armas que podem derrotá-los no seu próprio território e, claro, tudo isto é muito perigoso, porque poderia, na verdade, desencadear o uso de armas nucleares. Eles não entendem isso?”, perguntou.

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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial
Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido
Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria
A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros
A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia
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Divulgação/Otan
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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial

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Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido

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Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria

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A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros

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A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia

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O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. Os dois países e seus respectivos aliados mantinham-se em alerta para eventuais ataques bélicos

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A Otan investiu em tecnologia de defesa, na produção de armas estratégicas e também espalhou pelas fronteiras soviéticas sistemas de defesa antimísseis

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Na fase final da Guerra Fria, a organização passou a assumir novos papéis. Em 1990, sob ordem do Conselho de Segurança da ONU, a Otan interveio no conflito da ex-Iugoslávia. Foi a primeira vez que agiu em território de um Estado não membro

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Em 2001, a Otan anunciou a aplicação do princípio da segurança coletiva: um ataque feito a um país membro seria um ataque contra todos os demais

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Como os ataques terroristas ocorridos em setembro de 2001 foram considerados atos de guerra pelo governo norte-americano, a cláusula foi acionada. Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão

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Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005

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Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África

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Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na Europa

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Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável

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Putin diz que estão tentando levar a Rússia para uma corrida armamentista

A ameaça vem da retórica de que o Ocidente tenta enfraquecer a Rússia a partir de dentro e de tentar arrastá-la para uma corrida armamentista.

Segundo o mandatário russo, exemplos são a adesão da Finlândia – que tem uma longa fronteira terrestre com os russos – e da Suécia à Otan, assim como a sugestão do presidente francês, Emmanuel Macron, de enviar tropas à Ucrânia.

O presidente russo disse que, antes disso, prefere conversar.

“A Rússia está pronta para o diálogo com os Estados Unidos da América sobre questões de estabilidade estratégica”, pontuou, em referência às conversações sobre armas nucleares, como o processo Novo Start, suspenso pela Rússia em fevereiro de 2023.

“Essas pessoas são pessoas que não passaram por experiências árduas. Eles esqueceram-se disso, mas nós sobrevivemos à Guerra do Cáucaso, por exemplo, e agora no conflito na Ucrânia”, frisou.

Putin aproveitou para elogiar os avanços na guerra contra a Ucrânia e afirmar que a população era a favor da ação militar no país vizinho. A certa altura, ele fez uma pausa para um minuto de silêncio pelos soldados russos mortos.

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