Putin não tem conhecimento sobre morte de desertor russo, diz Kremlin
Segundo o Kremlin, Putin não tem conhecimento sobre o caso envolvendo o ex-piloto russo que desertou. Morte dele aconteceu na Espanha
atualizado
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O Kremlin afirmou, nesta terça-feira (20/2), que Vladimir Putin não tem nenhum conhecimento sobre a morte do ex-militar russo desertor, encontrado com vários tiros na Espanha, no último dia 13 de fevereiro.
Questionado por repórteres sobre o assunto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Putin não viu nenhum material sobre Maxim Kuzminov. “Este não é um assunto da nossa agenda”, afirmou.
O funcionário ainda acrescentou que o governo russo “não tem conhecimento se houve quaisquer relatórios através de canais diplomáticos”, e que Moscou “não tem informações sobre este assunto”.
Maxim Kuzminov foi um piloto da Força Aérea da Rússia, mas acabou desertando com um helicóptero Mi-8, em agosto de 2023, e se entregou ao exército da Ucrânia. Na ocasião, ele teria trocado a aeronave por novos documentos.
Apesar do plano bem sucedido coordenado pela inteligência ucraniana, Kuzminov foi encontrado morto em Villajoyosa, no sul da Espanha, com marcas de tiro pelo corpo. Ainda não se sabe as circunstâncias.
Mortes misteriosas
O fim de Mazim Kuzminov se soma a outros episódios misteriosos envolvendo opositores de Putin e pessoas consideradas “traidoras” da Rússia.
Um dos casos mais recentes aconteceu na última sexta-feira (16/2), quando o líder da oposição da Rússia, Alexei Navalny, morreu após se sentir mal durante uma caminhada no presídio onde cumpria pena de 19 anos após ser acusado de extremismo. Até o momento, não se sabe ao certo o motivo do falecimento do ativista político.
Outra tragédia cercada de mistérios envolveu uma das figuras consideradas como o braço direito do presidente russo durante muitos anos. Em agosto de 2023, o avião que transportava Yevgeny Prigozhin caiu na região de Tver, na Rússia, matando o ex-líder do Grupo Wagner e outras nove pessoas.
O acidente com Prigozhin aconteceu cerca de um mês após o ex-chefe do grupo de mercenários liderar uma rebelião contra o governo de Vladimir Putin.