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Protestos tomam conta de Dublin após duas crianças serem esfaqueadas

As autoridades irlandesas atribuem os protestos a uma “facção completamente lunática e impulsionada pela ideologia de extrema direita”

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Imagem colorida mostra centro de Dublin durante protestos nesta quinta-feira - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra centro de Dublin durante protestos nesta quinta-feira - Metrópoles - Foto: Brian Lawless/PA Images via Getty Images

Intensos protestos eclodiram em Dublin, Irlanda, na noite desta quinta-feira (23/11). Confrontos entre cidadãos e polícia local ocorreram após duas crianças e uma mulher serem esfaqueadas por volta das 10h30 (horário de Brasília) em frente à escola Gaelscoil Choláiste Mhuireem, na Parnell Square.

Após a polícia irlandesa relatar o caso, cerca de 100 pessoas (algumas armadas com barras de ferro) iniciaram uma manifestação no local do crime.

Logo, a situação escalou para a violência. Aproximadamente, 400 policiais foram mobilizados para conter os manifestantes, que atacaram os agentes e arremessaram cadeiras retiradas de restaurantes próximos.

O local dos protestos ficou marcado pela destruição. Os manifestantes quebraram vitrines de lojas, incendiaram carros e ônibus, soltando fogos de artifício por toda a O’Connell Street, principal via da cidade. Quando questionados sobre as motivações dos ataques, ameaçaram jornalistas e acusaram a mídia de distorcer informações a respeito da imigração no país.

Em resposta, as forças de segurança locais pediram calma à população e alertaram sobre desinformação acerca do incidente com as vítimas esfaqueadas.

Houve repúdio aos atos. Helen McEntee, ministra da Justiça irlandesa, afirmou que “não deve ser permitido que elementos violentos e manipuladores usem uma tragédia terrível para causar estragos”.

Drew Harris, comissário da Guarda Siochána (Garda), polícia nacional civil da Irlanda, apontou uma “facção completamente lunática e impulsionada pela ideologia de extrema direita” como culpada pela desordem.

O superintendente da Guarda, Liam Geragthy, pediu que informações e imagens dos ataques sejam encaminhadas às autoridades. Ele assegurou que os atos não têm motivação terrorista, indo de encontro ao posicionamento de Harris, que comentou em coletiva de imprensa: “Nunca descartei qualquer motivo possível para este ataque. Todas as linhas de investigação estão abertas”.

De acordo com a RTE, emissora irlandesa, as vítimas saíam do colégio Gaelscoil Choláiste Mhuireem quando foram atacadas por um homem não identificado. O menino, de 5 anos, e a menina, de 6, sofreram ferimentos leves.

O garoto recebeu alta do hospital. Uma mulher, de 30, ficou gravemente ferida, mas ainda não se sabe o estado de saúde dela. A polícia prendeu um homem, de 50, possível suspeito, sem dar mais informações.

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