Protestos na Bolívia deixam 23 mortos em um mês, diz entidade
De acordo com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, 715 pessoas ficaram feridas desde o início da crise institucional e política
atualizado
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Os protestos na Bolívia deixaram 23 pessoas mortas no último mês, de acordo com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Somente nesse sábado (16/11/2019), a entidade informou que nove perderam a vida e 122 ficaram feridas durante manifestações que acabaram em confronto com as forças de segurança do país.
A Bolívia está imersa em uma crise desde as últimas eleições, ocorridas no mês passado. Uma auditoria da Organização dos Estados Americanos (OEA) constatou irregularidades generalizadas no pleito. As denúncias somadas à pressão da oposição e das Forças Armadas bolivianas levaram Evo Morales a renunciar ao cargo de presidente no último dia 10. Ele está autoexilado no México.
? CIDH actualiza las cifras de víctimas en #Bolivia: desde ayer son 9 fallecidos y 122 heridos desde la represión combinada de la policia y fuerzas armadas. Se totaliza por lo menos 23 personas muertas y 715 personas heridas desde el inicio de la crisis institucional y política. https://t.co/y9LIbOITRT
— CIDH – Comisión Interamericana de Derechos Humanos (@CIDH) November 17, 2019
Nessa sexta (15/11/2019), apoiadores do ex-presidente boliviano Evo Morales entraram em confronto com as forças de segurança do país.
Milhares de manifestantes, em grande parte indígenas, se reuniram pacificamente na cidade de Sacaba pela manhã. Mas os confrontos começaram quando muitos tentaram atravessar um posto de controle militar perto da cidade de Cochabamba.
A onda de violência ganhou força quando a autodeclarada presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, disse que Morales enfrentará possíveis acusações legais por fraude eleitoral se voltar para o país. Áñez intensificou o confronto com Morales, um dia após ter dito que ele não seria autorizado a participar das próximas eleições presidenciais.