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Protestos levam 400 à prisão no Reino Unido, e Musk provoca Starmer

Polícia se prepara para mais atos anti-imigração de extremistas. Elon Musk fala em “guerra civil” e provoca primeiro ministro, Keir Starmer

atualizado

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Homem aponta dedo par apolicial durante protesto - Metrópoles
1 de 1 Homem aponta dedo par apolicial durante protesto - Metrópoles - Foto: Jordan Pettitt/PA Images via Getty Images

Mais de 400 pessoas já foram presas por participarem e incitarem tumultos e manifestações anti-imigrantes no Reino Unido, segundo fontes policias. Apenas nessa segunda-feira (5/8), foram feitas, no total, 64 prisões. Enquanto isso, a polícia britânica se prepara para seis possíveis novos atos de protesto nesta terça-feira (6/8) e monitora, pelo menos, 30 aglomerações. De acordo com o diretor de processos públicos, Stephen Parkinson, apenas na última semana, houve cerca de 100 acusações de disseminação de distúrbios violentos.

O Reino Unido vive uma onde de protestos anti-imigração promovidos pela extrema direita desde 29 de julho, quando três meninas, entre 9 e 6 anos, foram brutalmente assassinadas em Southport, perto de Liverpool, no noroeste da Inglaterra. Os atos marcados pelo uso de violência, desordem e vandalismo foram alimentados por rumores falsos, divulgados nas redes sociais, de que o suspeito do crime tinha origens mulçumanas.

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Leanne Lucas, professora de dança e ioga que organizou o evento e está entre as vítimas
Axel Rudakubana, suspeito de matar crianças em atentado no Reino Unido, mais jovem
Esboço de Axel Rudakubana na corte da coroa de Liverpool
Secretária de Estado para Assuntos Internos do Reino Unido, Yvette Cooper, presta homenagem às crianças vítimas de um ataque com faca
Até o momento, três crianças entre 6 e 7 anos morreram. No total, 11 foram esfaqueadas
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Alice da Silva Aguiar, 9 anos, Bebe King, de 6 anos, e Elsie Dot Stancombe, de 7 anos, vítimas do atentado (da esq. para dir.)

Divulgação Merseyside Police
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Leanne Lucas, professora de dança e ioga que organizou o evento e está entre as vítimas

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Axel Rudakubana, suspeito de matar crianças em atentado no Reino Unido, mais jovem

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Esboço de Axel Rudakubana na corte da coroa de Liverpool

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Secretária de Estado para Assuntos Internos do Reino Unido, Yvette Cooper, presta homenagem às crianças vítimas de um ataque com faca

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Até o momento, três crianças entre 6 e 7 anos morreram. No total, 11 foram esfaqueadas

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Um simpatizante reage após prestar homenagem às crianças vítimas de um ataque com faca em 30 de julho de 2024 em Southport, Inglaterra

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Na noite dessa segunda-feira (5/8), manifestantes pisotearam a cabeça de um imigrante durante um dos protestos, em Belfast, na Irlanda do Norte. A polícia está tratando o caso como crime de ódio. A vítima tem por volta de 50 anos e está hospitalizada em estado grave.

Discurso de ódio nas redes sociais

A violência em massa, que já dura uma semana, teve início após boatos de que o autor do ataque em que morreram três meninas, na segunda-feira (29/7), seria muçulmano. Usando redes sociais, centenas de participantes da Liga de Defesa Inglesa (EDL) — um movimento de extrema direita — convocaram protestos após o surgimento dos rumores.

Desde então, as manifestações começam a se espalhar. Os atos têm como objetivo propagar o lema anti-imigração “Enough is enough” (Já basta), que ganha cada vez mais adeptos nas redes sociais.

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Manifestante ataca policiais com bombas
Pessoas limpam pichações com escrita "Saiam da Inglaterra"
Conflito entre manifestantes e policiais
Imagem sensível. Manifestante ferido na perna
Manifestantes aponta dedo para policial
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Policiais do lado de fora de uma estabeleciemnto danificado na Murray Street, em Hartlepool, após um protesto violento

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Manifestante ataca policiais com bombas

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Pessoas limpam pichações com escrita "Saiam da Inglaterra"

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Conflito entre manifestantes e policiais

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Imagem sensível. Manifestante ferido na perna

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Manifestantes aponta dedo para policial

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Protesto no Reino Unido após mortes de crianças

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Policiais com pessoas participando do protesto 'Enough is Enough' em Whitehall, Londres

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Bombeiros tentam apagar fogo de viatura em chamas

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Keir X Musk

Após usuários do X compartilharem vídeos e imagens dos atos de protestos anti-imigração na rede, o bilionário e dono da empresa, Elon Musk, afirmou que uma “guerra civil é inevitável” no Reino Unido. Musk foi duramente criticado em um comunicado oficial feito pelo escritório do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

“Não há justificativa para comentários como esse”, disse o porta-voz de Starmer.

“O que temos visto neste país é uma violência organizada e violenta que não tem lugar, nem nas nossas ruas nem online […] espero, assim como em relação àqueles que participam diretamente nas ruas, que haja prisões, acusações e processos.”

A crítica teve respostas provocativas de Elon Musk. Em uma série de postagens, o empresário fez comentários ácidos contra o primeiro-ministro. Dentre eles, Musk chamou o premiê de “Keir de duas camadas”, em referência à teoria de que a polícia está tratando os manifestantes de extrema direita com inflexibilidade diante de outros grupos.

Em uma das publicações, Musk ainda questionou se os atos de protesto estavam ocorrendo no Reino Unido ou na União Soviética, em resposta a um vídeo que mostrava alguém sendo preso por, supostamente, fazer comentários de ódio no Facebook.

 

 

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