Protestos em Paris: manifestantes vão às ruas e invadem lojas de luxo
A onda de protestos em Paris é uma resposta contra a reforma da Previdência de Macron. Manifestantes foram às ruas nesta quinta-feira (13/4)
atualizado
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Um grupo de manifestantes invadiu, nesta quinta-feira (13/4), a sede do conglomerado de lojas de luxo LVMH, em Paris, França. Essa onda de protestos é uma resposta contra a impopular reforma da Previdência do presidente francês Emmanuel Macron.
Em vídeos compartilhados nas redes sociais, é possível ver que um grupo invade prédio com bandeiras e sinalizadores. Nesse conglomerado, estão localizadas lojas de marcas como Louis Vuitton, Dior, Bvlgari e Celine.
Confira o momento da invasão:
A manhã desta quinta-feira também foi marcada pelo confronto de manifestantes e a polícia parisiense. Autoridades afirmaram que 36 pessoas foram detidas e 10 policiais ficaram feridos durante os confrontos. Nos últimos dias, os protestos foram marcados pela violência.
De acordo com a Prefeitura de Paris, foram às ruas cerca de 42 mil pessoas na manhã desta quinta. Uma queda considerável de participantes, uma vez que os protestos já registraram 1,1 milhão de pessoas em janeiro.
O movimento desta quinta-feira marca a última tentativa de pressão popular contra a reforma, antes da decisão do conselho constitucional francês que vai avaliar a constitucionalidade do texto da nova Previdência na sexta-feira (14/4).
Essa análise é a última barreira para a implementação definitiva da nova constituição que muda a idade da aposentadoria de 62 para 64 anos. Segundo pesquisas, dois em cada três franceses são contra a proposta.
Entenda a Reforma da Previdência da França
Em 23 de janeiro deste ano, o Conselho de Ministros da França aprovou uma reforma da previdência que eleva a idade mínima de aposentaria de 62 para 64 anos até 2030. No último mês, Macron utilizou atalhos na Constituição francesa para aprovar a lei no parlamento sem votação.
A legislação propõe que o período de contribuição dos trabalhadores tenha um aumento gradual de três meses. Dessa forma, nos próximos sete anos, a meta do governo em aumentar a faixa etária mínima poderá ser alcançada.
Desde o anúncio da reforma, Paris virou palco para uma série de manifestações contrárias às alterações, com greves gerais que reuniram aproximadamente 1,1 milhão de pessoas nas ruas em janeiro deste ano. Em um dos últimos episódios, no dia 23 de março, cerca de 80 pessoas foram presas e 123 policiais ficaram feridos durante protestos na capital francesa.