metropoles.com

Procurador internacional pede prisão de Netanyahu e líderes do Hamas

Além de Netanyahu, procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional pediu mandado de prisão para Yoav Gallant e três líderes do Hamas

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Natalia Campos/Getty Images
Protesto contra Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel: Tribunal Internacional pediu prisão dele
1 de 1 Protesto contra Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel: Tribunal Internacional pediu prisão dele - Foto: Natalia Campos/Getty Images

O procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional, Karim Kahn, anunciou nesta segunda-feira ter pedido mandado de prisão para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa do país, Yoav Gallant. Também entram na solicitação Yahya Sinwar, Mohammad Deif e Ismail Haniyeh, líderes do Hamas.

De acordo com Kahn, os israelenses são acusados de “causar extermínio, provocar fome como método de guerra, incluindo a negação de suprimentos de ajuda humanitária, visando deliberadamente civis em conflito”.

6 imagens
Presidente dos EUA, Joe Biden, em Tel Aviv, ao lado de Benjamin Netanyahu
Protesto contra Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel
Velório em Israel
Túnel do Hamas na Faixa de Gaza tinha até trilho
Yahya Sinwar, líder do grupo extremista Hamas
1 de 6

Benjamin Netanyahu afirmou que Israel pode lutar sozinho

Bernd von Jutrczenka/picture alliance via Getty Images
2 de 6

Presidente dos EUA, Joe Biden, em Tel Aviv, ao lado de Benjamin Netanyahu

GPO/ Handout/Anadolu via Getty Images
3 de 6

Protesto contra Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel

Natalia Campos/Getty Images
4 de 6

Velório em Israel

Amir Levy/Getty Images
5 de 6

Túnel do Hamas na Faixa de Gaza tinha até trilho

Amir Levy/Getty Images
6 de 6

Yahya Sinwar, líder do grupo extremista Hamas

Yousef Masoud/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Enquanto isso, os integrantes do Hamas receberam acusações de extermínio, assassinato, tomada de reféns, estupro e agressão sexual durante a detenção.

Mais de 1,2 mil israelenses, civis e militares, foram mortos pelo ataque do Hamas em 7 de outubro. Além disso, 253 pessoas viraram reféns naquele dia. Israel aponta que 130 ainda são reféns, ao menos 34 estão mortos.

Como represália, Israel invadiu o território da Faixa de Gaza. Segundo o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas, desde então, cerca de 33 mil civis acabaram mortos.

Ambos os lados são fortemente criticados pelos crimes de guerra e os métodos adotados durante o combate.

Confira as acusações que basearam pedidos de prisão

Karim Kahn pontuou as acusações contra os integrantes do Hamas.

“Com base nas provas recolhidas e examinadas pelo meu Gabinete, tenho motivos razoáveis ​​para acreditar que Yahya SINWAR (Chefe do Movimento de Resistência Islâmica (“Hamas”) na Faixa de Gaza), Mohammed Diab Ibrahim AL-MASRI, mais conhecido como DEIF (Comandante-em-Chefe da ala militar do Hamas, conhecida como Brigadas Al-Qassam), e Ismail HANIYEH (Chefe do Bureau Político do Hamas) assumem responsabilidade criminal pelos seguintes crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos no território de Israel e do Estado da Palestina (na Faixa de Gaza) a partir de pelo menos 7 de outubro de 2023:

  • O extermínio como crime contra a humanidade, contrário ao artigo 7(1)(b) do Estatuto de Roma;
  • O homicídio como crime contra a humanidade, contrário ao artigo 7.º, n.º 1, alínea a, e como crime de guerra, contrário ao artigo 8.º, n.º 2, alínea c, subalínea i;
    Tomar reféns como crime de guerra, contrário ao artigo 8(2)(c)(iii);
  • A violação e outros actos de violência sexual são crimes contra a humanidade, contrários ao artigo 7(1)(g), e também como crimes de guerra nos termos do artigo 8(2)(e)(vi) no contexto de cativeiro;
  • A tortura como crime contra a humanidade, contrário ao artigo 7.º, n.º 1, alínea f), e também como crime de guerra, contrário ao artigo 8.º, n.º 2, alínea c), subalínea i), no contexto do cativeiro;
  • Outros actos desumanos como crime contra a humanidade, contrários ao artigo 7(l)(k), no contexto do cativeiro;
  • Tratamento cruel como crime de guerra contrário ao artigo 8(2)(c)(i), no contexto de cativeiro; e
  • Ultrajes à dignidade pessoal como crime de guerra, contrários ao artigo 8(2)(c)(ii), no contexto do cativeiro.”

Sobre os israelenses, Kahn disse o seguinte:

“Com base nas provas recolhidas e examinadas pelo meu Gabinete, tenho motivos razoáveis ​​para acreditar que Benjamin NETANYAHU, o Primeiro Ministro de Israel, e Yoav GALLANT, o Ministro da Defesa de Israel, têm responsabilidade criminal pelos seguintes crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos no território do Estado da Palestina (na Faixa de Gaza) desde pelo menos 8 de outubro de 2023:

  • A fome de civis como método de guerra como crime de guerra contrário ao artigo 8(2)(b)(xxv) do Estatuto;
  • Causar intencionalmente grande sofrimento ou lesões graves ao corpo ou à saúde, contrários ao artigo 8(2)(a)(iii), ou tratamento cruel como crime de guerra contrário ao artigo 8(2)(c)(i);
  • Homicídio intencional contrário ao artigo 8(2)(a)(i), ou Homicídio como crime de guerra contrário ao artigo 8(2)(c)(i);
  • Dirigir intencionalmente ataques contra uma população civil como crime de guerra contrário aos artigos 8(2)(b)(i), ou 8(2)(e)(i);
  • Extermínio e/ou homicídio contrário ao disposto nos artigos 7(1)(b) e 7(1)(a), inclusive no contexto de mortes causadas por fome, como crime contra a humanidade;
  • A perseguição como crime contra a humanidade, contrária ao artigo 7(1)(h);
  • Outros atos desumanos considerados crimes contra a humanidade, contrários ao artigo 7(1)(k).”

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?