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Após protestos, procurador-geral do Irã anuncia suspensão da polícia da moralidade

Decisão que anunciou a suspensão da polícia da moralidade é resposta aos protestos realizados no Irã desde setembro

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Em imagem colorida, fumaça sai de dentro de uma lata de lixo enquanto manifestantes protestam contra a morte de Mahsa Amin, no Irã - Metrópoles
1 de 1 Em imagem colorida, fumaça sai de dentro de uma lata de lixo enquanto manifestantes protestam contra a morte de Mahsa Amin, no Irã - Metrópoles - Foto: Getty Images

O procurador-geral do Irã anunciou nesse sábado (3/12) que a atuação da polícia da moralidade será suspensa no país. A decisão é uma resposta do governo iraniano à onda de protestos que se iniciaram no país após a morte da jovem curda Mahsa Amini, 22 anos, em setembro. Ela havia sido presa pelos policiais por desrespeitar o uso obrigatório do véu islâmico.

“A polícia da moralidade não tem relação alguma com o Judiciário e foi desfeita no mesmo local em que foi criada no passado”, afirmou o procurador-geral Hojatolislam Mohammad Jafar, em um evento para debater acerca do que as autoridades intitularam de “guerra híbrida” durante os protestos.

Ainda não há previsão para o fim da atuação da polícia da moralidade nas ruas. O procurador também não disse se a polícia moral foi descartada de maneira definitiva.

Jafar informou ainda que o parlamento e autoridades iranianas, lideradas pelo presidente Ebrahim Raissi, estão avaliando uma modificação da lei sobre o uso obrigatório do véu islâmico. Ainda não se sabe quais mudanças serão feitas, mas de acordo com o governo do Irã, o anúncio conclusivo será divulgado em 15 dias.

De acordo com um deputado, uma alternativa às detenções seria multar mulheres que desrespeitam a lei sobre a obrigatoriedade do véu.

O Ministério do Interior iraniano  comunicou que houve mais de 300 mortes desde o início das manifestações. Entre os mortos, estão agentes das forças de segurança, manifestantes e participantes de grupos armados considerados contrarrevolucionários.

Os anúncios do procurador-geral foram feitos três dias após uma nova convocação para greves e manifestações. A previsão é de que os novos protestos comecem a partir de segunda-feira (5/12).

 

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