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Principal navio de guerra russo afunda no Mar Negro após explosão

A embarcação perdeu estabilidade e afundou enquanto estava sendo rebocada durante uma tempestade, diz o governo russo

atualizado

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Navio Russo Moska é seriamente danificado pelo exército ucraniano
1 de 1 Navio Russo Moska é seriamente danificado pelo exército ucraniano - Foto: Burak Akay/Anadolu Agency via Getty Images

O navio Moskva, maior cruzador de mísseis russo, afundou após explosão. A embarcação, ancorada no Mar Morto, pegou fogo e precisou ser removido. Nesta quinta-feira (14/4), a agência russa de notícias Interfax informou que o naufrágio ocorreu durante a remoção. A Ucrânia reivindica o ataque.

“A embarcação perdeu estabilidade e afundou enquanto estava sendo rebocada durante uma tempestade”, destacou. A agência cita o Ministério da Defesa da Rússia.

Moskva era principal navio de guerra da Rússia no Mar Morto. Na quarta-feira (13), ele precisou ser completamente evacuado após incêndio que provocou a explosão da carga que estava estocada no local.

A embarcação é um cruzador de mísseis e uma das estrelas da esquadra de guerra da Rússia. A construção do navio terminou em 1982, sendo o projeto ainda fruto dos esforços bélicos da União Soviética, que só foi desfeita em 1989.

Negociações

O governo russo exige o esboço de um hipotético tratado de paz para reunir os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia.

Ao conversar com repórteres nesta quinta-feira (14/4), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, condicionou o encontro ao que chamou de “texto pronto” para ser assinado.

“O presidente [Putin] nunca recusou tal reunião, mas devem estar preparadas as condições adequadas, nomeadamente o texto do documento”, explicou.

Diversas vezes, Zelensky pediu para se encontrar com Putin e negociar um possível acordo de paz. Até então, apenas negociadores dos governos e os chefes da diplomacia de cada país participaram das discussões.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

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