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Primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi apresenta nova renúncia

Premiê italiano já havia anunciado que deixaria o cargo. O presidente vai convocar novas eleições, previstas para outubro

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Primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, durante fala ao público. Ele é branco, tem cabelo curto e liso e usa terno, gesticulando. Draghi renunciou ao cargo nesta quinta-feira (14/07) - Metrópoles
1 de 1 Primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, durante fala ao público. Ele é branco, tem cabelo curto e liso e usa terno, gesticulando. Draghi renunciou ao cargo nesta quinta-feira (14/07) - Metrópoles - Foto: Getty Images

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, reapresentou um pedido de renúncia ao presidente nesta quinta-feira (21/7), após tentativas frustradas de recuperar a coalização governista em colapso. Esta é a segunda vez que ele envia uma solicitação ao chefe de Estado para deixar o cargo.

Draghi “reiterou sua renúncia e a do Executivo que chefia”, disse o gabinete da presidência em comunicado, especificando que “foi informada” da decisão e que ele permanecerá no cargo de forma interina para “dirigir os assuntos atuais”.

Cabe ao presidente do país, Sergio Mattarella, na função de chefe de Estado, abrir um processo eleitoral para a escolha do novo premiê italiano, conforme as normas de democracias parlamentares, como é o caso da Itália. Um pleito antecipado está previsto para a primeira quinzena de outubro.

O país mergulha em uma crise política instaurada por uma quebra na base de apoio governista, que atingiu seu ápice na quinta-feira passada (14).

O clima de tensão política se instaurou após o partido Movimento 5 Estrelas (M5E, sigla em português) decidir boicotar uma votação crucial no Senado, que tinha a validade de voto de confiança do governo. Apesar de conseguir os números necessários para um resultado favorável, o premiê saiu da sessão enfraquecido politicamente.

O desfecho é esperado após o agravamento da situação, quando o Forza Italia, o partido de direita de Silvio Berlusconi, a Liga, o partido de extrema-direita de Matteo Salvini se uniram ao M5E e decidiram se recusar a participar de um voto de confiança solicitado pelo primeiro-ministro no Senado nessa quarta-feira (20).

Coalizão heterogênea

Ex-presidente do Banco Central Europeu, o premiê de 74 anos assumiu a função em fevereiro de 2021 para uma gestão curta: de apenas 17 meses. Durante o período em que esteve no cargo, trouxe ao país uma situação de relativa estabilidade política durante a pandemia.

Ele recebeu o convite do presidente para liderar uma coalizão que reúne quase todos os partidos representados no Parlamento — a exceção do partido de extrema direita Fratelli d’Italia (Irmãos da Itália), que decidiu permanecer na oposição.

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