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O premiê-espanhol, Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira (29/4) que continuará no cargo, durante um discurso realizado por nove minutos no Palácio da Moncloa, a sede central da Presidência do Governo de Espanha.
Sánchez acusou a oposição de direita pela ”campanha de descrédito”, após a demissão do chefe do governo ter sido cogitada por conta das acusações de corrupção contra sua esposa, Begoña Gómez. A mulher foi denunciada pela associação ”Mãos Limpas”, um coletivo próximo da extrema direita.
O premiê divulgou na rede social X, antigo Twitter, uma carta de quatro páginas aos espanhóis, explicando que poderia renunciar ao cargo para proteger sua família, após o tribunal de Madri ter anunciado, na quarta-feira (23/4), a abertura de um inquérito contra Begoña Gómez.
Na divulgação, Sánchez explicou que a denúncia se tratava de uma ”nova campanha de desestabilização por parte de uma coalização de interesse de direita e extrema direita” que “não aceita o veredito das urnas”.
O inquérito da esposa Begoña Gómez apura as relações da esposa do premiê com empresas privadas que receberam fundos e firmaram contratos públicos com o Executivo.
O primeiro-ministro está no poder desde 2018. Porém, o contexto político se tornou mais intenso nos últimos meses.
Pedro Sánchez, que ficou em segundo lugar nas eleições de julho, conseguiu sua reeleição em novembro com o apoio dos partidos independentistas catalães, após defender uma lei de anistia para os envolvidos na tentativa de secessão da Catalunha em 2017, que será aprovada no final de maio.
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