Primeira-ministra italiana pretende criminalizar festas raves no país
Com o governo de extrema-direita, medida de Giorgia Meloni pretende condenar a seis anos de prisão os organizadores dessas festas
atualizado
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O novo governo de extrema-direita da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, pretende criminalizar a realização de festas raves, eventos de longa duração conhecidos principalmente por suas músicas eletrônicas.
A decisão ocorreu após uma festa de Halloween, no fim de semana, que atraiu mais de mil pessoas entre italianos e estrangeiros. O evento recebeu diversas reclamações em decorrência do volume do alto e o impacto no tráfego na região de Modena, no norte do país.
“A festa acabou!”, declarou o ministro de extrema-direita Matteo Salvini. Segundo o governista, a nova lei visa proteger as pessoas de danos, e não é diferente de outras partes da Europa.
Para a primeira-ministra, é necessário alinhar as leis com os vizinhos europeus. “Mostramos que o Estado não vai fechar os olhos e deixar de agir quando confrontado com a violação da lei”, declarou Meloni.
Uma regra para proibição de festas raves sem autorização não é uma novidade na Itália. Após uma festa em 2021 que terminou com a morte de duas pessoas, o governo italiano começou a trabalhar na mudança da legislação sobre esse tipo de evento.
A nova regra proposta por Meloni tem como objetivo atingir os eventos não autorizados com mais de 50 pessoas e que representam risco à saúde, à segurança ou à ordem pública, segundo o ministro Salvini. Os organizadores podem ser punidos com até seis anos de prisão.