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Primeira-ministra de Bangladesh renuncia e deixa país

Após os protestos se intensificarem e invadirem o palácio de Bangladesh, Sheikh Hasina renunciou e deixou o país nesta segunda-feira (5/8)

atualizado

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Mulher de óculos sorrindo
1 de 1 Mulher de óculos sorrindo - Foto: Getty Images

A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, renunciou e deixou o país nesta segunda-feira (5/8), conforme informou o chefe do Exército da nação. Sua saída ocorreu em meio a uma das piores ondas de violência e protestos contra o governo.

O chefe do Exército, Gen Waker-Uz-Zaman, informou em uma coletiva de imprensa que iria assumir o controle em um “momento crítico” para o país e que estabeleceria um governo interino.

“Estou assumindo a responsabilidade agora e iremos ao presidente para pedir a formação de um governo interino para liderar o país enquanto isso”, informou Gen, de acordo com o The Guardian.

Sheikh Hasina governou Bangladesh desde 2009 e fugiu de helicóptero logo após os manifestantes invadirem o palácio em Dhaka, a capital. O chefe do Exército, Gen Zaman, prometeu investigar as mortes de manifestantes durante os protestos. Um toque de recolher foi imposto nesta segunda.

Diversos moradores relataram ao jornal britânico que a internet foi interrompida por várias horas durante a noite e que ouviram ataques e tiros, inclusive em áreas mais nobres, antes do início dos protestos. Após a renúncia, diversos manifestantes comemoraram.

Os manifestantes estão protestando contra o sistema de cotas do governo, que reserva um terço dos empregos públicos para parentes de veteranos da guerra de independência do país contra o Paquistão, em 1971.

Apesar de o esquema ter sido amenizado pelo tribunal superior de Bangladesh, as manifestações continuaram.

Abolição da política de cotas

A política de cotas, que havia sido abolida em 2018, foi restabelecida em junho deste ano. Os manifestantes voltaram às ruas em janeiro, após o anúncio de Sheikh Hasina como ministra, quando a oposição alegou fraude.

O governo de Hasina foi acusado por um grupo de defesa dos direitos humanos de usar indevidamente as instituições estatais para consolidar seu poder e reprimir a dissidência, incluindo o assassinato de ativistas da oposição.

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