metropoles.com

Primeira-dama da Ucrânia pede fim da guerra: “Temo pelo meu marido”

As declarações foram dadas em entrevista ao canal de notícias norte-americano CBS. A conversa foi exibida nesta terça-feira

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
PressOffice of Ukrainian Presidency/Anadolu Agency via Getty Images
A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, com roupas brancas ao lado do marido, o presidente Zelensky, de terno. Eles carregam flores - Metrópoles
1 de 1 A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, com roupas brancas ao lado do marido, o presidente Zelensky, de terno. Eles carregam flores - Metrópoles - Foto: PressOffice of Ukrainian Presidency/Anadolu Agency via Getty Images

A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, voltou a pedir o fim da guerra. Em um relato emocionante, ela se solidarizou com os ucranianos e disse temer que o Exército russo mate o presidente Volodymyr Zelensky.

As declarações foram dadas em entrevista ao canal de notícias norte-americano CBS. A conversa foi exibida nesta terça-feira (15/3).

“Como toda mulher na Ucrânia, agora temo pelo meu marido”, iniciou Zelenska. “Todas as manhãs, antes de ligar para ele, rezo para que tudo corra bem. Também sei o quão forte e resistente ele é. Ele é capaz de suportar qualquer coisa, especialmente quando defende as pessoas e as coisas que ama”, acrescentou.

Ela fez um apelo para o fim do conflito no Leste Europeu. “Acho que minha mensagem é muito parecida com a que o mundo inteiro transmite. Apenas duas palavras simples: Pare a guerra”, concluiu a primeira-dama.

Essa é a segunda declaração pública de Zelenska sobre a guerra. Antes, ela divulgou uma carta em defesa das crianças ucranianas. À época, 50 haviam morrido. Agora, o número subiu para 97.  “É assassinato de civis que são pacíficos”, escreveu em tom de lamento no início do mês.

Com risco extremo, o prefeito de Kiev, Wladimir Klitschko, decretou um toque de recolher de 35 horas na cidade coração do poder. A medida vai valer da noite desta terça-feira até a quinta-feira (17/3). Ao menos cinco pessoas morreram nesta manhã na região.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, lamentou a situação e fez um alerta. “Russos consideram como meta principal conquistar Kiev”, disse em um pronunciamento gravado.

Clique aqui e veja a cobertura completa da guerra na Ucrânia. 

Os primeiros-ministros da Polônia, Mateusz Morawiecki; da República Tcheca, Petr Fiala; e da Eslovênia, Janez Janša;  viajaram para Kiev nesta terça-feira.

A visita é uma sinalização de apoio à Ucrânia por parte da União Europeia. Eles são os primeiros líderes que visitam a capital ucraniana desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro.

No segundo dia consecutivo com ataques a prédios residenciais em Kiev, mais duas pessoas morreram após bombardeio russo, nesta terça-feira. De acordo com o serviço de emergência da Ucrânia, 46 indivíduos tiveram de ser resgatados.

13 imagens
A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
1 de 13

A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
2 de 13

A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
3 de 13

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
4 de 13

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
5 de 13

Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
6 de 13

Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
7 de 13

A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
8 de 13

Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
9 de 13

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
10 de 13

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
11 de 13

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

Will & Deni McIntyre/ Getty Images
12 de 13

O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
13 de 13

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

Militares na fronteira

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) confirmou que 40 mil soldados estão na fronteira da Ucrânia. Esta é a primeira vez que a entidade militar liderada pelos Estados Unidos divulga o efetivo no Leste Europeu.

Nesta segunda-feira (15/3), em entrevista transmitida ao vivo de Bruxelas, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, fez alertas importantes sobre o recrudescimento da guerra, que completa 20 dias.

A maior preocupação é o uso de armas químicas e nucleares pelo Exército russo. Além da Otan, os Estados Unidos e o Reino Unido acusam a Rússia de planejar esse tipo de ataque.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?