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Prigozhin: corpos das 10 vítimas e caixa-preta do avião são achados

Equipe que investiga acidente que matou líder da milícia paramilitar Wagner realiza testes de DNA para reconhecer vítimas

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Pelagiya Tihonova/Anadolu Agency via Getty Images
imagem colorida mostra quadro de Prigozhin, líder do grupo Wagner, em meio a rosas em tributo a sua morte - Metrópoles - Rússia
1 de 1 imagem colorida mostra quadro de Prigozhin, líder do grupo Wagner, em meio a rosas em tributo a sua morte - Metrópoles - Rússia - Foto: Pelagiya Tihonova/Anadolu Agency via Getty Images

O Comitê de Investigação responsável por apurar o acidente que matou Yevgueni Prigozhin na Rússia encontrou os corpos das 10 vítimas e as caixas-pretas do avião. O líder do Grupo Wagner, milícia paramilitar russa, morreu nessa quarta-feira (23/8) na queda da aeronave do tipo Embraer Legacy.

“Nas fases iniciais da investigação, encontramos os corpos das 10 vítimas no local onde o avião caiu”, informou a equipe nas redes sociais. Análises moleculares de DNA também são realizadas para o reconhecimento oficial dos corpos.

Além de Prigozhin, da lista de passageiros constavam seu vice, Dmitri Utkin, Sergei Propustin, Yevgeny Makaryan, Alexander Totmin, Valery Chekalov e Nikolai Matuseyev. Os tripulantes foram identificados como capitão Alexei Levshin, copiloto Rustam Karimov e comissária de bordo Kristina Raspopova.

Autoridades de aviação da Rússia informaram que, antes da queda, a aeronave do tipo Embraer Legacy, registrada no nome de uma das companhias de Prigozhin, estava voando há menos de meia hora, na rota entre a capital e São Petersburgo. O acidente ocorreu próximo a Kuzhenkino, na região de Tver, cerca de 100 quilômetros ao norte de Moscou.

Quem era Prigozhin

Nascido em 1961 em São Petersburgo, o oligarca Yevgeny Prigozhin fundou o Grupo Wagner em 2014, registrando-o como “companhia militar particular” (forças mercenárias são tecnicamente ilegais na Rússia).

Quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a milícia, notória por sua brutalidade, lutou ao lado do Exército russo regular, chegando a capturar a cidade de Bakhmut. Em 23 de junho de 2023, contudo, frustrado com a liderança militar, que classificava como ineficaz, Prigozhin encenou um motim, mobilizando suas tropas para entrarem em Moscou numa “marcha pela justiça”.

“Facada nas costas”

Em seguida a negociações, a operação foi suspensa poucas horas mais tarde. Apesar de Putin classificá-la como “traição” e “facada nas costas” e prometer punir os perpetradores, o Kremlin concedeu impunidade ao oligarca, sob a condição de que emigrasse para Belarus. Desde então, contudo, especula-se até que ponto a ira do presidente russo estava realmente apaziguada.

Apesar do banimento, no fim de julho Prigozhin apresentou-se na cúpula para a África em São Petersburgo, acompanhado por um representante da República Centro-Africana. Em 21 de agosto, canais do Telegram ligados ao Grupo Wagner divulgaram um vídeo em que o líder mercenário sugeria estar na África para torná-la “ainda mais livre” – e a Rússia “ainda maior em todos os continentes” –, e convocava recrutas para a luta.

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