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Pressionado, Netanyahu mantém postura irredutível sobre cessar-fogo

Benjamin Netanyahu se nega a ceder e retirar tropas de Israel da Faixa de Gaza, mesmo sob forte pressão interna da população israelense

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Jack Guez -Pool/Getty Images
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu fala durante uma conferência de imprensa no Centro Médico Sheba Tel-HaShomer
1 de 1 O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu fala durante uma conferência de imprensa no Centro Médico Sheba Tel-HaShomer - Foto: Jack Guez -Pool/Getty Images

Apesar da pressão por um cessar-fogo com o Hamas, o primeiro ministro Benjamin Netanyahu continua se posicionando de forma irredutível sobre pontos do acordo, mediado por Estados Unidos, Catar e Egito.

Durante coletiva de imprensa realizada nessa segunda-feira (2/9), o premiê israelense afirmou que está pronto para colocar em prática a primeira fase da proposta discutida no último mês. No entanto, se negou a ceder sobre a retirada total de tropas de Israel da Faixa de Gaza, inclusive da fronteira com o Egito, uma das principais reinvindicações do Hamas.

“O eixo do mal precisa do Corredor Filadélfia e, por essa razão, devemos controlar o Corredor Filadélfia”, disse Netanyahu.

Localizado no sul do enclave palestino, o corredor é uma zona desmilitarizada com 14 km de extensão, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito.

Cessar-fogo

Nas últimas conversas de paz sobre Gaza, a retirada total de tropas israelense de Gaza tem sido o principal obstáculo na implementação de um cessar-fogo entre Israel e Hamas. 

Em documento obtido pelo Metrópoles no afim de agosto, o grupo palestino acusou Netanyahu de alterar os termos da proposta de cessar-fogo apresentada pelos EUA em maio deste ano, incluindo a não retirada de militares israelenses da fronteira entre o enclave e o território egípcio.

Protestos

Após a morte de seis reféns raptados pelo Hamas no último dia 7 de outubro, as ruas de Israel foram tomadas por protestos contra a administração de Benjamin Netanyahu, na noite de domingo (1º/9).

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As manifestações surgiram após a morte de seis reféns do Hamas, no último fim de semana
A principal exigência dos manifestantes é que o governo Netanyahu chegue a um acordo de cessar-fogo com o Hamas
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Protestos contra o governo de Benjamin Netanyahu explodiram em Israel

Amir Levy/Getty Images
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As manifestações surgiram após a morte de seis reféns do Hamas, no último fim de semana

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A principal exigência dos manifestantes é que o governo Netanyahu chegue a um acordo de cessar-fogo com o Hamas

David Silverman/Getty Images

Segundo a mídia israelense, ao menos 300 mil pessoas foram às ruas somente na capital do país, Tel Aviv, para cobrar que o governo chegue a um acordo que permita a libertação do restantes dos reféns em Gaza. 

Além da pressão interna, o premiê israelense foi criticado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Em conversa com repórteres nessa segunda-feira (2/9), o líder norte-americano foi questionado sobre a postura de Netanyahu durante as negociações de cessar-fogo, e afirmou que o primeiro-ministro de Israel não está fazendo o suficiente para garantir a implementação de um acordo. 

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