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Pressão internacional contra Netanyahu cresce após ofensiva em Gaza

Além da pressão internacional contra as ações do governo Netanyahu na Faixa de Gaza, premiê israelense ainda enfrenta críticas internas

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Bernd von Jutrczenka/picture alliance via Getty Images
Benjamin Netanyahu afirmou que Israel pode lugar sozinho
1 de 1 Benjamin Netanyahu afirmou que Israel pode lugar sozinho - Foto: Bernd von Jutrczenka/picture alliance via Getty Images

Após mais de sete meses desde o início da guerra, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convive com um cenário de pressão interna e externa que escalou nos últimos dias, após as recentes ações de Israel na Faixa de Gaza.

No último dia 20 de maio, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI) acusou Benjamin Netanyahu de cometer crimes de guerra e pediu sua prisão e do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. Três lideranças do Hamas também tiveram seus nomes inclusos no pedido.

Atualmente, o pedido está sendo analisado por juízes do Tribunal de Haia, que podem expedir, ou não, os mandados de prisão.

Pedido aumenta pressão internacional

Com o anúncio de Karim Kah, procurador-chefe do Tribunal de Haia, Netanyahu viu aumentar o isolamento social de seu governo, já criticado anteriormente pela brutalidade no conflito na Faixa de Gaza que já deixou mais de 36 mil palestinos mortos.

Dias após o pedido de prisão, a Alemanha foi um dos países a afirmar que cumpririam a lei, caso um mandado fosse expedido contra o premiê israelense. 

Além do país liderado por Olaf Scholz, a França se posicionou de forma favorável ao pedido.

“A França apoia o Tribunal Penal Internacional, a sua independência e a luta contra a impunidade em todas as situações”, disse um trecho de uma nota divulgada pela chancelaria francesa no último dia 20.

Os governos da Espanha e África do Sul também afirmarem que prenderiam Netanyahu caso um mandado seja expedido pela Corte internacional.

Pressão interna continua

Após o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pela invasão do Hamas ao território israelense em 7 de outubro de 2023, Netanyahu também tem sido pressionado por setores internos de Israel.

“Netanyahu sofre muita pressão de 2/3 da população, que quer a sua saída. A maioria da população deseja eleições ainda este ano, e ele e sua coalizão saem derrotados em todos os cenários, em todos os institutos de pesquisa”, afirma João Koatz, mestre em história pela Universidade de Tel-Aviv e participante do podcast Do Lado Esquerdo do Muro.

“Há pressão por um acordo pela soltura do reféns, há pressão para dar fim à situação e permitir que os habitantes próximos às fronteiras possam retornar às suas casas, e agora há pressão devido a um escândalo de corrupção envolvendo a sua ministra dos Transportes”, disse Koatz.

Além da questão dos reféns levados pelo Hamas e da continuidade da guerra, o historiador, que mora em Israel, explica que o histórico de polêmicas envolvendo o premiê israelense vem à tona nos protestos contra o atual governante do país.

No último ano, milhares de manifestantes foram às ruas de Israel protestar contra uma polêmica reforma judicial patrocinada por Netanyahu, que enfrenta acusações de corrupção desde 2020. As mudanças no sistema judiciário do país, que não avançaram, eram apontadas por muitos especialistas como uma forma de enfraquecer a Justiça israelense em benefício próprio.

“O processo contra Netanyahu é lembrado indiretamente, quando ele é acusado de manter a guerra de pé porque sabe que, quando ela acabar, ele vai perder as eleições e será julgado enquanto cidadão comum, não como primeiro-ministro”, afirma Koatz.

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