Presidente golpista do Peru está detido no mesmo lugar que Fujimori
Pedro Castillo tentou fugir para a Embaixada do México, mas foi detido. Ele está na Diretoria de Operações Especiais do Peru
atualizado
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O ex-presidente golpista do Peru Pedro Castillo passou a noite na sede da Diretoria de Operações Especiais (Diroes), no distrito de Ate. É o mesmo local em que está detido o ex-ditador Alberto Fujimori, que governou o país entre 1990 e 2000 até ser preso por corrupção e abusos dos direitos humanos. Lá também esteve o o ex-presidente Ollanta Humala, entre julho de 2017 e abril de 2018, acusado de receber propina das construtoras OAS e Odebrecht.
Depois de ficar em um complexo policial no centro de Lima por cerca de sete horas, Castillo foi levado de helicóptero até o Diroes. Ele acabou preso após divulgar mensagem à nação em que anunciou o fechamento temporário do Congresso e a convocação de novas eleições parlamentares.
Entenda a crise que levou presidente do Peru a tentar fechar Congresso
Rapidamente, o Congresso Nacional do Peru, com 101 votos a favor, 6 contra e 10 abstenções, aprovou a vacância por incapacidade moral de Pedro Castillo. E a vice-presidente Dina Boluarte tomou posse como nova presidente.
Veja o momento em que Castillo é preso:
Segundo o jornal El Comercio, Pedro Castillo está detido na prefeitura de Lima, capital do Peru. pic.twitter.com/PxqpmPjnWg
— Metrópoles (@Metropoles) December 7, 2022
De acordo com informações de jornais peruanos, após anunciar o golpe, Pedro Castillo pretendia pedir asilo na Embaixada do México. Os militares que acompanhavam o golpista, no entanto, perceberam a manobra e impediram a tentativa de fuga.
O chefe da escolta presidencial, major Luis Alarcón Trujillo, avisou para o coronel Walter Bryan Erick Ramos Gómez, chefe da Divisão de Segurança Presidencial, e para o comandante Miguel Ángel Carpio Zúñiga, chefe do Departamento de Escolta de Segurança Presidencial, que havia um “deslocamento com endereço desconhecido”.
“Por medida de segurança, ele foi transferido para a sede da Delegacia de Lima, localizada na Avenida España 400, a fim de realizar os trâmites urgentes e necessários de acordo com a lei”, afirma o documento, que conta como foi feita a interceptação de Castillo.