Presidente do Equador confirma que FBI investigará caso Villavicencio
Autoridades equatorianas confirmaram que os seis presos, suspeitos de participar do assassinato de Fernando Villavicencio, são estrangeiros
atualizado
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O Departamento de Investigação Federal dos Estados Unidos da América (FBI) entrou no caso do assassinato do presidenciável Fernando Villavicencio, morto a tiros na noite da última quarta-feira (9/8). A informação foi divulgada e confirmada pelo presidente em exercício do Equador, Guilhermo Lasso.
Lasso divulgou a informação em seu Twitter. Ele afirmou ter solicitado o apoio do FBI, e o pedido foi aceito. “Solicitei apoio do FBI para a investigação do assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio Valencia. A Agência Federal de Investigação e Inteligência dos EUA aceitou nosso pedido, e, nas próximas horas,uma delegação chegará ao país”, escreveu o presidente do Equador, Guilhermo Lasso.
He solicitado apoyo al FBI para la investigación del asesinato del candidato presidencial Fernando Villavicencio Valencia. La Agencia Federal de Investigación e Inteligencia de EEUU aceptó nuestra petición y en las próximas horas una delegación llegará al país.
— Guillermo Lasso (@LassoGuillermo) August 10, 2023
As forças de investigação norte-americana chegaram ainda na quinta-feira ao país e vão investigar as circunstâncias do assassinato de Villavicencio. O Equador está em estado de exceção por 60 dias, e manteve as eleições.
O cenário do assassinato de Villavicencio
O que se sabe, até agora, é que seis suspeitos foram presos por possível envolvimento no assassinato de Villavicencio, e o ministro do Interior do Equador, Juan Zapata, informou ontem que todos eles são estrangeiros, e pertenciam a um grupo de crime organizado. Contudo, não se sabe, ainda, se eles pertenciam ao grupo Los Lobos, que reivindicou o ataque.
O anúncio de que os presos são estrangeiros veio quase ao mesmo tempo em que o presidente Guilhermo Lasso anunciou a participação dos EUA. Contudo, não foi revelada a nacionalidade dos suspeitos. Zapata também revelou o primeiro nome dos presos, mas não o sobrenome, sendo: Andrés M., José L., Adey G., Camilo R., Jules C. y John R. O jornal El País atribui a nacionalidade colombiana aos suspeitos.
Veja os nomes dos seis presos:
- Andrés M.;
- José L.;
- Adey G.;
- Camilo R.;
- Jules C.; e
- John R.
Sobre Fernando Villavicencio
Fernando Villavicencio foi assassinado a tiros em Quito, na noite de quarta-feira (9/8). O candidato fazia um comício político no Colégio Anderson, quando foi atingido pelos disparos. Segundo pesquisa publicada pelo jornal El Universo, Fernando Villavicencio aparecia como 5º colocado na corrida pelo Palácio de Carondelet, sede do governo. O também jornalista investigativo era conhecido por apoiar as causas indígenas e trabalhistas.
Villavicencio, que era conhecido como Don Villa e tinha como slogan da campanha a frase “É hora dos corajosos”, havia sido aconselhado a usar colete a prova de balas, mas recusou e afirmou que o apoio do povo seria seu escudo, em discurso feito na cidade de Chones, horas antes do ataque.