Presidente de Uganda diz que África deve “salvar o mundo” da homossexualidade
Para o líder de Uganda, as nações africanas devem “rejeitar a promoção da homossexualidade” sob o pretexto de risco para a procriação
atualizado
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O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, disse, no domingo (2/4), que líderes de países da África devem se unir para “salvar o mundo” da homossexualidade.
“A África deve fornecer a liderança para salvar o mundo dessa degeneração e decadência, que é realmente muito perigosa para a humanidade. Se pessoas do sexo oposto pararem de se apreciar, como a raça humana será propagada?”, questionou Yoweri Museveni.
Durante o evento, promovido pelo parlamento de Uganda e que contou com delegações de 22 países africanos, Yoweri Museveni disse que é um dever das nações africanas “rejeitar a promoção da homossexualidade”, sob o pretexto de que a comunidade LGBTI+ representa perigo para a procriação.
A fala do presidente é um indício de que Museveni deve sancionar um projeto de lei anti-LGBT+ no país, aprovado pelo Parlamento de Uganda no último mês. A nova lei prevê diversas punições contra homossexuais no país, incluindo prisão perpétua e até mesmo pena de morte.
O projeto foi criticado pela comunidade internacional e por órgãos de defesa dos direitos humanos.
“Os direitos em jogo incluem os direitos à liberdade de expressão e associação, liberdade, privacidade, igualdade e proteção contra discriminação e tratamento desumano e degradante”, disse o Observatório de Direitos Humanos da ONU, que pediu que o projeto fosse vetado.