1 de 1 Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se levanta após discurso. Ele usa terno e possui expressão preocupada - Metrópoles
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Zelesnky comentou a possibilidade de o país adotar um “status neutro”, o que significaria o abandono da ambição de entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“Não temos medo de falar sobre nada. Sobre garantias de segurança para nosso país. Não temos medo de falar sobre o status neutro, e não estamos na Otan no momento” disse, antes de ressaltar a preocupação de tornar a Ucrânia mais vulnerável. “Mas que garantias e, mais importante, quais países específicos nos dariam [garantias]?”.
Em outro pronunciamento, desta vez após os ataques, o presidente reforçou o pedido de negociações em uma mensagem de vídeo divulgada pelo Telegram. “Eu quero mais uma vez fazer um apelo ao presidente da Federação Russa. Vamos sentar na mesa de negociações e parar as mortes”.
Veja imagens dos ataques da Rússia na Ucrânia
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A invasão russa da Ucrânia ocorreu na madrugada de 24 de fevereiro, horário de Brasília. Logo em seguida, as sirenes da capital Kiev começaram a tocar. O som foi o primeiro alerta de um possível ataque aéreo na região
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Após sucessivos bombardeios, o país tenta, junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), negociar um cessar-fogo
Gabinete do Presidente da Ucrânia
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Tanques militares russos e veículos blindados avançaram em Donetsk, Ucrânia, região que teve a independência russa reconhecida nos últimos dias
Foto de Stringer/Agência Anadolu via Getty Images
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Autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. Segundo o governo ucraniano, já passam de 200 os ataques russos ao país
Foto de Wolfgang Schwan/Agência Anadolu via Getty Images
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Os militares da Ucrânia afirmaram que destruíram quatro tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk
Foto de Oliver Dietze/picture Alliance via Getty Images
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A imprensa russa informou que membros de uma milícia em Donetsk, uma das regiões separatistas da Ucrânia, estão prontos para apoiar a invasão
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Segundo a agência de notícias Reuters, militares ucranianos afirmam ter abatido cinco aviões russos, além de um helicóptero, na região de Luhansk, um dos dois territórios separatistas da Ucrânia
Foto do Ministério do Interior da Ucrânia/Divulgação/Agência Anadolu via Getty Images
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Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens
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Pessoas também esperam ônibus em rodoviária na tentativa de deixar Kiev, capital da Ucrânia
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Habitantes de Kiev deixaram a cidade após ataques de mísseis pré-ofensivos das forças armadas russas e da Bielorrússia
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Dois soldados russos foram levados como prisioneiros pela Ucrânia após a operação militar da Rússia
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Estrutura ficou danificada após ataque de mísseis em Kiev
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Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da Ucrânia
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Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. "Pare a guerra", escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na Alemanha
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A quantidade de aeronaves na base da Força Aérea dos EUA, na Alemanha, aumentou significativamente após os ataques russos à Ucrânia
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A resposta do governo da Rússia, porém, caminhou progressivamente em direções contrárias. Inicialmente, o porta-voz Dmitri Peskov afirmou que Putin irá analisar o pedido de Zelesnky, que considera “um movimento numa direção positiva”.
Entretanto, pouco depois, o chanceler russo Sergei Lavrov, declarou que a Ucrânia “perdeu a oportunidade das negociações de segurança” e está “simplesmente mentindo” ao apontar a discussão sobre um status neutro.
“O presidente Zelensky não disse a verdade, ele simplesmente os enganou”, afirmou. “Zelensky está mentindo quando diz querer discutir o status neutro da Ucrânia. Ele perdeu a oportunidade das negociações de segurança”.
A diplomacia apenas será possível, para Lavrov, quando o país inimigo se render militarmente. “Estamos prontos para negociações, a qualquer momento, assim que as Forças Armadas ucranianas ouvirem nosso chamado e depuserem suas armas”, afirmou. “Ninguém irá atacá-los, ninguém irá feri-los, poderão voltar para suas famílias”.