Presidente da Guiana defende “liderança” do Brasil frente a conflito
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse que Brasil demonstra “maturidade e liderança” para agir diante da tensão com a Venezuela
atualizado
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O presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse esperar que o Brasil adote uma posição de liderança frente ao aumento das tensões com a Venezuela após a aprovação de um referendo sobre a anexação da região de Essequibo.
A declaração foi feita durante entrevista à GloboNews, nesta quarta-feira (6/12). O presidente guianês afirmou ainda que deseja manter a “paz e estabilidade” na região.
“Nós esperamos que o Brasil tenha um papel de liderança, um papel significativo em garantir que essa região se mantenha… O que a Guiana quer, a única ambição da Guiana, é que essa região se mantenha uma região de paz e estabilidade, onde todos nós podemos coexistir em harmonia”, declarou.
A região em disputa representa cerca de 70% do território da Guiana e é rica em petróleo. No último domingo (3/12), o governo da Venezuela promoveu um plebiscito em que consultou a população a respeito da possibilidade de anexar a província de Essequibo. A consulta terminou com 96% dos cidadãos favoráveis à anexação do território.
Ali disse ter conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e classificou a postura do governo brasileiro como “madura”.
“O Brasil tem uma boa relação conosco também e nós esperamos que a Venezuela aja com princípio. Nós conversamos com o presidente Lula e com o ministro do exterior (Mauro Vieira) e os dois garantiram que a Venezuela estará do lado certo da lei”, pontuou o presidente.
“Nós temos confiança de que o Brasil vai agir de maneira responsável, de maneira que seja condizente de um país que mostra maturidade e liderança”, completou.