metropoles.com

Presidente da Geórgia diz que não deixará poder ao fim do mandato

Presidente da Geórgia, Salome Zourabichvili classificou o governo do país de ilegítimo e disse que não deixará o cargo em dezembro

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/ Redes sociais
Foto colorida de Salome Zourabichvili, presidente da Geórgia - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Salome Zourabichvili, presidente da Geórgia - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Redes sociais

A presidente da Geórgia, Salome Zourabichvili, classificou o governo do país de ilegítimo e disse que não deixará o cargo quando terminar o mandato, no próximo mês — as próximas eleições presidenciais ocorrerão em 14 de dezembro. A declaração ocorreu durante uma entrevista coletiva neste sábado (30/11).

Zurabishvili e a oposição contestam os resultados do pleito realizado no fim de outubro, no qual o partido Sonho Georgiano, alinhado à Rússia — da qual a Geórgia conquistou a independência em 1991 —, registrou 54% dos votos. De acordo com a presidente, a eleição foi fraudada, e o parlamento é ilegítimo.

“Não há parlamento legítimo; portanto, um parlamento ilegítimo não pode eleger um novo presidente. Assim, nenhuma posse pode ocorrer, e meu mandato continua até que um parlamento legitimamente eleito seja formado”, disse Zourabichvili em entrevista coletiva.

Salome Zourabichvili havia anunciado que entrou na Justiça contra o resultado das eleições no país. O pleito registrou diversos episódios de violência e constrangimento. David Kirtadze, político de oposição da Geórgia, jogou tinta preta no rosto do chefe da comissão eleitoral no momento em que seria anunciado o resultado das eleições parlamentares no país. O ataque resultou em uma lesão ocular.

Entrada na União Europeia

O país do Cáucaso Meridional — sistema montanhoso situado na parte meridional da Rússia, entre o mar Negro e o mar Cáspio — entrou em crise política na última quinta-feira (28/11), depois que o primeiro-ministro do partido Sonho Georgiano, Irakli Kobakhidze, afirmou que estava interrompendo as negociações de adesão do país à União Europeia (UE) pelos próximos quatro anos devido ao que chamou de “chantagem” da Geórgia pelo bloco.

A adesão à UE é extremamente popular na Geórgia, e a paralisação repentina das negociações desencadeou grandes protestos. Pelo menos 107 pessoas foram detidas depois que manifestantes construíram barricadas e atiraram fogos de artifício contra a polícia de choque durante um ato na capital, Tbilisi.

Anteriormente, o primeiro-ministro Kobakhidze acusou a oposição de planejar uma revolução, nos moldes do protesto de Maidan em 2014, na Ucrânia, que derrubou um presidente pró-Rússia. “Algumas pessoas querem uma repetição desse cenário na Geórgia. Mas não haverá Maidan na Geórgia”, ressaltou.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?