Presidente da Argentina, Fernández diz que não concorrerá à reeleição
Líder argentino Alberto Fernández enfrenta índices baixos de popularidade diante de grave crise econômica no país. Eleição será em outubro
atualizado
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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou nesta sexta-feira (21/4) que não concorrerá à reeleição no pleito de outubro deste ano. O atual titular da Casa Rosada enfrenta baixos índices de popularidade em meio a uma crise econômica em território argentino.
O anúncio de Fernández ocorre cerca de um mês após o ex-presidente e opositor Maurício Macri afirmar que também não disputará o cargo. A vice-presidente, Cristina Kirschner, sinalizou que também não pretende concorrer, mas não formalizou a decisão.
As ausências alteram o xadrez político argentino a sete meses das eleições que definirão o novo líder do país.
Na declaração, divulgada nas redes sociais, o atual mandatário fez um balanço da própria gestão e afirmou que entregará a faixa presidencial para o sucessor eleito em 10 de dezembro deste ano, data em que o país comemora 40 anos de democracia.
“Faço um apelo para que todos passemos por esse período eleitoral, tão propenso a excessos, com o maior respeito por todos os concorrentes”, narra o vídeo.
“No próximo dia 10 de dezembro de 2023, data exata em que comemoraremos 40 anos de democracia, entregarei a faixa presidencial a quem tenha sido eleito legitimamente nas urnas pelo voto popular”, prossegue.
Veja:
Mi decisión 🇦🇷 pic.twitter.com/EEQBJaxDUz
— Alberto Fernández (@alferdez) April 21, 2023
Crise econômica
Fernández é desaprovado por 71% dos argentinos, a maior rejeição de um presidente na série histórica de 17 anos feita pela consultora Poliarquía. Os dados foram divulgados na quinta-feira (20/4).
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Com a decisão, o atual mandatário não participará das primárias em agosto, e abre espaço para seus concorrentes dentro da coalizão governista Frente de Todos. Ainda não há um nome definido para o pleito deste ano e Cristina Kirchner permanece como forte possibilidade.
Embora a ex-presidente tenha dito publicamente que não pretende concorrer, há setores da força aliada que buscam convencê-la a rever a decisão. As primárias no país estão marcadas para 13 de agosto, cerca de dois meses antes do pleito no país, em 22 de outubro.