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Presidente chileno, Boric é acusado de assédio sexual; defesa nega

Segundo a defesa do presidente do Chile, Gabriel Boric teria recebido e-mails com imagens explícitas não solicitadas

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Presidente do Chile, Gabriel Boric, deixa Palácio do Itamaraty após dia de reuniões com países da América do Sul 4
1 de 1 Presidente do Chile, Gabriel Boric, deixa Palácio do Itamaraty após dia de reuniões com países da América do Sul 4 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente do Chile, Gabriel Boric, foi denunciado por suspeita de divulgar imagens privadas e assediar sexualmente uma ex-colega. O caso teria ocorrido há 10 anos e ganhou repercussão internacional nessa segunda-feira (25/11).

Segundo a denúncia feita contra o líder chileno, o suposto crime aconteceu em 2013, quando Boric tinha 27 anos e havia acabado de concluir o curso de direito. O caso segue sendo investigado pelo Ministério Público.

Boric nega as acusações feitas e afirma ter sido vítima de assédio “sistemático” via e-mail por uma mulher, maior de 18 anos, que ele conheceu no trabalho, em Punta Arenas.

A defesa de Gabriel Boric destaca que o líder recebeu, sem pedir, e-mails com conteúdos explícitos.

“Vinte e cinco e-mails foram enviados a ele de diferentes endereços pela mesma pessoa, incluindo um com imagens de natureza explícita, não solicitadas e não consentidas. A denúncia foi apresentada à Procuradoria Regional de Magalhães, alegando uma suposta divulgação de registros de imagens privadas, e o assédio sexual nos termos do artigo 494 do Código Penal, mas isso nunca ocorreu”, alegou o advogado de Boric, Jonatan Valenzuela.

Ainda em comunicado, a defesa enfatizou que todos os e-mails foram entregues ao Ministério Público para esclarecimentos.

A denúncia contra o presidente foi apresentada ao Ministério Público de Magalhães em 6 de setembro. O MP confirmou que “existe um processo criminal relacionado aos fatos indicados”.

“O presidente (…) rejeita e desmente categoricamente a denúncia de um suposto fato ocorrido em 2013, quando ele tinha 27 anos e havia acabado de finalizar os estudos de direito”, ressaltou Valenzuela.

Denúncia à época da campanha

Durante a campanha presidencial do Chile em 2021, o presidente, à época candidato, foi acusado pelo concorrente do suposto crime de assédio e negou a denúncia. Na ocasião, a acusação não foi investigada criminalmente.

A denúncia ganhou notoriedade em um momento que o governo de Boric enfrenta acusações de assédio sexual. Manuel Monsalve, um aliado na área de segurança, foi preso preventivamente há uma semana acusado do crime.

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